Equipe de 22 vacinadores da Fundação de Agropecuária, Abastecimento e Pesca de Macaé (Agrape) já vacinou contra febre aftosa e raiva mais de 12 mil bovinos, em 18 dias de campanha. A atividade acontece até o final de setembro, conforme determinação da Secretaria de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro. A meta é vacinar entre 18 mil e 25 mil cabeças de gado, no município de Macaé.
Segundo o veterinário da Agrape, Alexandre Augusto Gomes de Oliveira, está havendo certa relutância de alguns proprietários em permitir a vacinação de seus rebanhos. “Isso se deve porque eles não querem que o gado fique com febre ou inchação no pescoço, devido à aplicação da vacina”, explica, dizendo que a vacinação é obrigatória e se necessário for, fará comunicado à Defesa Sanitária do Estado, que poderá resultar em multas para estes proprietários. “Há casos de vacinadores que se dirigem às propriedades três vezes, sem conseguir executar o serviço”, lamenta.
Alexandre lembra ainda que graças às campanhas de vacinação, o estado do Rio de Janeiro é considerado área livre de febre aftosa, com vacinação. “Já Santa Catarina é área livre, sem vacinação, compara. A vacinação contra febre aftosa ocorre em duas etapas: uma no mês de março e outra em setembro.
O Brasil é o maior rebanho comercial do mundo, sendo também o maior exportador do planeta, à frente, inclusive dos Estados Unidos. Só a Índia tem mais gado bovino que o Brasil, porém naquele país não se comercializa o gado.
“Para Macaé ter condições de participar desta exportação é necessário a construção do matadouro público municipal, com inspeção federal”, conta Alexandre. A prefeitura está prevendo a construção do matadouro para o ano de 2006. Macaé tem o segundo maior rebanho do estado do Rio de Janeiro, com 98 mil cabeças de gado, perdendo apenas para a cidade de Campos.