Comemoração de Páscoa movimenta Serviço de Convivência

12/04/2017 15:55:00 - Jornalista: Carla Cardoso

Foto: João Barreto

Unidade da Fronteira atende 41 crianças, nos turnos da manhã e da tarde

Enquanto pensa qual vai ser o próximo movimento no jogo de dama, Lorrayne Hipólito, 13 anos, procura as palavras certas que demonstrem o quanto ela gosta de participar das atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV), da Fronteira. Não é preciso nem dizer muita coisa. Basta olhar o sorriso da menina tímida que não quer perder a partida do jogo, para o amigo. Nesta quarta-feira (12), as crianças que frequentam o programa, participaram de um super lanche de Páscoa, regado ainda a muitas atividades divertidas. A parceria com empresas privadas viabiliza ações diferenciadas o ano todo, a exemplo do lanche de páscoa, oferecido pela Minas Pão. Os interessados em apoiar as atividades do projeto, podem fazer contato pelo telefone: (22) 27960152.

Moradora da Nova Holanda, Lorrayne foi uma das participantes da festinha de comemoração à Páscoa, que aconteceu na unidade, nesta quarta-feira (12). “Gosto de vir todo dia para cá para brincar, pintar, desenhar, fazer artesanato”, comenta a menina que estuda no oitavo ano do Colégio Municipal Professor Samuel Brust, enquanto mostra os desenhos pintados por ela e também o artesanato feito com caixa de leite.

Os primos Lucas Silva, 7 anos, e Caíque Áquila, 8, também não perdem um dia de atividade no SCFV da Fronteira. Vão todo dia de manhã e passam o tempo brincando, desenhando e até cantam. “A atividade que eu mais gosto de fazer é cantar louvores com meu primo”, ressalta Lucas.

Coordenador do SCFV, que na Fronteira é referenciado pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Barra, Douglas Fontes explica que esse serviço é, segundo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, realizado com grupos a fim de prevenir as situações de risco social, desenvolver o sentimento de pertencimento e identidade, fortalecer vínculos e incentivar a socialização e a convivência comunitária.

- Atendemos crianças e adolescentes, até 17 anos, que estão em todo tipo de vulnerabilidade social, incluindo atendidos pelo Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), visando o acolhimento, no contraturnos das escolas, com oficinas de arte, esporte, pinturas, artesanato. Atuei nesse espaço por 10 anos, desde o início do programa, e agora, após quatro anos afastado, retomei essa missão, responsável pelas cinco unidades: Fronteira e Botafogo, que atende só crianças, e Nova Esperança, na Serra, e na Aroeira, que atende a crianças, idosos, mulheres, também direcionados pelos CRAS – observa Douglas.

Atualmente, a unidade da Fronteira atende 41 crianças, nos turnos da manhã e da tarde, com o objetivo de prevenção e fortalecimento de vínculos quebrados. “Em tanto tempo de atuação, vi crianças que, hoje, estão no mercado de trabalho, no programa Nova Vida, em firmas, e profissionais. E digo que já sou avô, porque vejo essas novas gerações chegando”, comemora.

Liege Alves é instrutora no espaço da Fronteira. Em 13 anos de atuação, muitas são as atividades artísticas que ela faz com as crianças: desenho a lápis, pintura em telas, artesanato. “Trabalhamos com todo tipo de trabalho manual e de aproveitamento de materiais. O desenho e a pintura relaxam. Já vi muitas crianças que eram mais rebeldes, se transformarem com a pintura. É uma atividade que relaxa”, conta.

A parceria com empresas privadas é uma das ações que mantém as atividades sempre movimentadas. Para o lanche de páscoa, a unidade contou com o apoio da Minas Pão, com o bolo e o pão de cachorro quente. Os interessados em apoiar as atividades do projeto, podem fazer contato pelo telefone: (22) 2796-0152.


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