A comitiva macaense que participou na semana passada de uma missão empresarial em Angola, na África, desembarcou nesta segunda-feira no Brasil, trazendo na bagagem muitas novidades. A principal delas: Macaé vai receber em no máximo 30 dias a visita de representantes do governo da província de Cabinda e Soyo, que vêm conhecer o potencial da cidade no setor offshore. A comitiva foi recebida por sete ministros de estado e vai continuar a se reunir buscando estratégias para fixação no mercado angolano.
- Foi uma oportunidade única que tivemos para conhecer de perto a realidade de Angola, onde o mercado de petróleo e gás é bastante competitivo, comentou o coordenador de Comércio Exterior da prefeitura de Macaé, Adolpho Moura.
Além da comitiva da província, em novembro, representantes da estatal angolana Sonangol virá a Macaé conhecer o mercado offshore. A intenção da prefeitura de Macaé é fazer um intercâmbio com as cidades angolanas, onde existem muitos problemas sociais. “Podemos passar para eles nossa experiência nesse setor. Afinal, estamos há anos no mercado offshore e conseguimos uma série de avanços no campo social. Só a prefeitura tem cerca de 100 programas”, comentou Moura. De acordo com ele, foram apresentados ao governo de Luanda projetos que estão dando certo em Macaé, como a elaboração do Plano Diretor, desenvolvimento hospitalar e relacionamento cultural.
O prefeito Riverton Mussi (PSDB) assinou uma carta de compromisso com o governo de Luanda com aintenção de porpor parcerias com o município no sentido de uma integração política, econômica e tecnológica. “Deixamos, desta forma, Macaé como uma opção de relacionamento com o Brasil”, disse o prefeito.
A comitiva foi composta por 10 empresários de pequenas e médias empresas macaenses, que participaram de uma agenda intensa de visitas a grandes empresas exploradoras de petróleo em Luanda, capital angolana. “Visitamos ao todo 18 empresas, entre prestadoras de serviço, como perfuração, transporte marítimo e geologia. É uma mercado com grande potencial comprovado. A prospecção de petróleo em Angola é tão boa, que, em 18 poços perfurados, o óleo é encontrado em 16. No Brasil, são no máximo dois poços”, comentou o engenheiro Evandro Esteves, gerente de vendas e mercados da Polar Materiais Elétricos.
A comitiva viajou a convite do embaixador do Brasil em Angola, Jorge Taunay. “O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola. Logo depois, a Odebrecht e a Petrobras se instalaram no país. Agora, esta boa relação como Brasil se consolidou com a chegada da delegação macaense”, comentou o embaixador.
Além do prefeito, do coordenador Adolpho Moura e dos empresários, participou da comitiva o secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan.