Conferência de Saúde é encerrada com grande participação

15/08/2005 17:47:41 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Num gesto de exercício de cidadania, cerca de mil pessoas participaram nos dias 12 e 13 de agosto da VII Conferência Municipal de Saúde, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho – Macaé Centro, com o objetivo de decidir os rumos da saúde para os próximos dois anos.

Na sexta-feira, durante a solenidade de abertura o vice-prefeito e médico, Carlos Augusto de Paula, destacou os investimentos feitos na saúde, que vem contribuindo com a diversificação e descentralização dos serviços. “Em 2006 iremos inaugurar o hospital da mulher, que terá como base o planejamento familiar”, disse.

O secretário de saúde, Fernando Diogo ressaltou que a tônica do governo é o atendimento básico, de prevenção e promoção da saúde, sendo o Programa Saúde da Família (PSF) a porta de entrada para o sistema. “Queremos que as crianças de hoje sejam adultos saudáveis”, frisou o secretário.

Complementando as palavras do vice-prefeito e do secretário de saúde, o presidente da Câmara Eduardo Cardoso, falou que o município de Macaé é um dos poucos do país em qualidade de assistência à saúde. Eduardo também enfatizou que durante 100 anos a Casa de Caridade atendeu a população macaense, e que hoje a cidade e até mesmo os municípios vizinhos contam com o Hospital Público Municipal (HPM), que é totalmente custeado com recursos da prefeitura.

A coordenadora da Conferência, Naly Almeida, ressaltou que as pessoas, “tanto os profissionais quanto os usuários, precisam trabalhar juntos, para que o sistema funcione plenamente”.

Após a abertura, que contou com a participação dos alunos da educação infantil da Escola Hilda Ramos, para cantar o hino de Macaé, foi proferida a palestra do secretário executivo do Conselho Estadual de Saúde do Trabalhador, Salvador Alves de Oliveira, que destacou o controle social como um exercício de cidadania. “Este é um momento culminante dessa discussão, pois é daqui que sairão as diretrizes da saúde”, ressaltou.

A Rede Assistencial de Saúde foi tema da palestra de sábado, proferida pela professora da UERJ, Sandra Fortes. Ela comparou o Sistema Único de Saúde (SUS) a um adolescente de 15 anos, em fase de construção de sua personalidade. “Os objetos de ação do SUS são: promover saúde, prevenir doenças, tratar a doença e recuperar a saúde, mas acima de tudo cuidar do indivíduo como um ser completo”.

Ainda na parte da manhã, o secretário de Saúde, Fernando Diogo, mostrou o funcionamento do sistema municipal de saúde, enfatizando a atenção primária com serviços de prevenção como vacinação e programas de saúde da mulher, os centros de especialidades médicas, de atenção secundária, os exames laboratoriais, as coordenadorias e seus programas. “É importante que as pessoas saibam usar corretamente o sistema. Alguns dados revelam que de 70% a 80% das pessoas que vão ao cardiologista, vão por problema que não são do coração, ou seja, que poderiam ser resolvidos pelo clínico geral.

O presidente da Fundação Municipal Hospitalar e diretor superintendente do Hospital Público Municipal (HPM), Aluízio dos Santos Junior, falou sobre a missão da instituição, deixando claro que a prioridade deve ser dada ao paciente que corre risco de morte. Para ele, o importante é que a população entenda que o HPM é preparado para atender grandes emergências.

O Grupo de Teatro Arte em Saúde (Grutas), da Coordenação de Saúde Coletiva, apresentou esquete bem-humorada abordando o atendimento numa unidade de saúde, onde a falta de comunicação entre os profissionais prejudicava sistematicamente a qualidade do atendimento ao paciente. Segundo a comissão organização da Conferência, nesta semana será concluído o relatório final do evento.