Coordenadoria do Plano Diretor ouve moradores do Maringá

18/08/2005 17:18:24 - Jornalista: Catarina Brust

A equipe técnica da Coordenadoria Geral do Plano Diretor (Cogeplad) realizou nesta quarta-feira a Oficina de Mobilização no Ciep 455, localizado no Maringá. Presidentes de Associações de Moradores, o coordenador de doutrina e treinamento da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, tenente Maurício Trabbold e os moradores do bairro, e de localidades vizinhas, participaram da reunião.

Durante sua palestra, o coordenador do Plano Diretor, Hermeto Didonet, falou que a participação popular é fundamental para ajudar a definir as políticas públicas em prol do desenvolvimento organizado da cidade. “Essa Lei do Plano Diretor vai dar a direção do crescimento da cidade. Para isso temos que conhecer os problemas de todas as localidades do município, juntamente com a comunidade, para corrigir essas necessidades de Macaé. Depois vamos corrigir isso com o Plano Diretor que vai trazer propostas para melhorar a qualidade de vida da nossa cidade”, disse Didonet.

Além de explicar em detalhes todas as etapas de elaboração do plano, Hermeto Didonet falou sobre os problemas que afetam a comunidade: terrenos baldios que recebem entulhos de obra, a linha do trem que passa pelo bairro, deslizamentos, áreas invadidas, calçadas estreitas, etc. “Macaé tem hoje quase 200 mil habitantes, daqui a 10 anos poderemos ter 400 mil. A Lei do Plano Diretor tem que pensar o município para esse crescimento, criando mecanismos que garantam o desenvolvimento sustentável da cidade”, explicou o coordenador do Plano Diretor.

Deslizamentos de encostas e alagamentos foram apontados pela comunidade como os principais problemas do local. Alberto Frederico da Cunha, presidente da Associação de Moradores do Maringá e do Campo D’Oeste disse que as ruas Chile e Equador enfrentam problemas de deslizamento de encostas. “Os problemas que temos no bairro são os deslizamentos e os alagamentos. Temos uma área no bairro de uns 500 metros quadrados, onde poderia ser construída uma praça com quadra poli esportiva, e precisamos também de uma creche escola.

O presidente da Associação de Moradores do Parque residencial Novo Horizonte, Marcos Moraes cita também os alagamentos nas ruas 1, 3, 4 e 10 como a principal necessidade do bairro. Já Elmo da Silva Maia, representante da Associação de Moradores do Novo Horizonte diz que assim como os bairros do Maringá e Campo D’Oeste, o seu também tem problemas de deslizamento. “Queremos uma praça, abrigo para os pontos de ônibus e uma creche”.


O coordenador de doutrina e treinamento da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, Maurício Trabbold, disse que estava “pegando uma carona” na reunião do Plano Diretor para fazer contato com os presidentes das Associações de Moradores. “Vamos implantar núcleos de Defesa Civil nas comunidades. Com a ajuda das associações, poderemos mapear as áreas de risco no município. Depois disso escolheremos uma associação organizada para começarmos a implantar o projeto piloto. É uma porta que vai se abrir para melhorar as condições de vida da comunidade”, ressaltou.

A professora de ensino fundamental, Riane Rocha, comentou que sua maior preocupação é com a falta de profissionalização dos jovens macaenses. “Para atender as necessidades das firmas que estão instaladas na cidade, precisamos qualificar nossos estudantes. Precisamos dar uma orientação educacional para os jovens”, disse.

A secretaria de Trabalho e Renda (Semtre) informou que o Projeto Sem Fronteiras oferece curso de informática para jovens entre 16 e 24 anos. Em parceira com o Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT), a Semtre disponibilizou algumas vagas para o curso de Medição Dimensional que está sendo realizado no instituto. Esse ano ainda, a secretaria de Trabalho e Renda avisa que vai oferecer cursos de redação e de inglês.