Mediadores atuam em prol do diálogo e respeito no ambiente escolar

05/07/2018 17:44:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: João Barreto

Colégio Municipal Ancyra é a primeira escola da rede a formalizar a comissão de convivência

Buscar alternativas para eliminar conflitos e casos de violência, melhorar as relações interpessoais e incentivar o diálogo para resolução das situações-problema. Estes são alguns dos objetivos do trabalho de mediação realizado nas escolas municipais de Macaé. E, para reforçar o trabalho, os espaços escolares estão formando comissões de convivência, responsáveis por intermediar a ação da escola e dos mediadores, ouvir as partes envolvidas e propor novas estratégias. O Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel (Miramar) realizou, nesta quinta-feira (5), a posse dos integrantes. Esta é a primeira escola da rede a formalizar a comissão.

No município, a mediação de conflitos acontece nas unidades que atendem do 6º ao 9º ano e Ensino Médio. A iniciativa também atende a recomendação do termo de cooperação firmado com o Ministério Público (MP), em 2017, para reafirmar a execução de ações que vão contribuir para reforçar a prevenção em relação a possíveis casos de violência e melhorar a convivência no espaço escolar. A intenção, segundo a secretária de Educação, Leila Clemente, é criar ambiente saudável, envolver a família nas ações da escola, analisar as causas dos conflitos e implementar intervenções diárias.

Comissão - Participam da comissão de convivência seis representantes da direção, professor, conselho escolar, alunos, responsáveis e técnico (supervisor de ensino, orientador educacional ou pedagógico). A comissão será acionada em casos específicos. "Se acontecer um conflito, os orientadores entrarão em ação. As famílias dos envolvidos serão chamadas. Mas, se o problema persistir, a comissão irá intervir e, em caso de não solução, serão convocadas as mediadoras da Secretaria de Educação", explica a mediadora, Andrea Nobre.

Para o diretor Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, o trabalho será positivo e vai contribuir com os mediadores. "Com certeza, a atuação será benéfica para a formulação de alternativas e tomadas de decisões diante de situações-problema", conta. Integrante da comissão, o aluno Abner Ramos, do 8º ano, observa que deseja o melhor para escola. "Quero ajudar e ver nossa escola sempre progredir", conta.

A iniciativa também foi elogiada pela Superintendente de Ensino Fundamental, Balade Aref. "Parabenizo todos os envolvidos. A mediação de conflitos visa uma perspectiva melhor para as escolas. O importante é ouvir, dialogar e buscar soluções", ressalta.

As próximas escolas que contarão com comissão de convivência serão Olga Benário Prestes (São José do Barreto) e Ciep Municipal Maringá (Campo do Oeste).

Mediação - Apontada como ferramenta ideal para melhorar a convivência no ambiente e na comunidade escolar, o processo de resolução-mediação visa enfrentar conflitos individuais, interpessoais e institucionais. Para o desenvolvimento da mediação, a escola deverá seguir etapas específicas, como diagnóstico dos problemas verificados na escola (violência verbal, física, moral, psicológica), bullying, entre outros.


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