Posse responsável é caminho para conter maus tratos aos animais

10/04/2017 11:53:00 - Jornalista: Equipe Secom

O crescimento desordenado populacional de cães e gatos passou a ser um problema de saúde pública. Eles são cerca de 130 milhões no mundo inteiro. No Brasil, os últimos dados do IBGE apontam para 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos. Em Macaé, a estimativa é de cerca de 20 mil cães e 3,5 mil gatos. Essa superpopulação de animais e a falta de cuidados por parte de seus tutores acabam gerando um grande número de animais domésticos maltratados, abandonados e sacrificados todos os dias.

Preocupada com o abandono de inúmeros animais nas ruas, a coordenação de Promoção da Saúde dos Animais e Controle de Zoonoses da prefeitura orienta a população sobre a "posse responsável".

- Precisamos estimular a posse responsável. Muitos animais são abandonados por famílias que se mudam da cidade ou mesmo de residência. Outros são deixados nas ruas porque estão doentes. É preciso que se saiba que abandonar ou maltratar um animal é uma crueldade e um crime previsto pelo artigo 32 da Lei Federal número 9.605/98 dos Crimes Ambientais, gerando pena que pode chegar a um ano de prisão. Além do mais, os animais abandonados podem causar risco de doenças nos homens – alertou o coordenador, Rafael Amorim.

O coordenador ressaltou ainda, o cuidado básico que as pessoas devem ter no trato dos animais, pois sua saúde traz benefícios ao ser humano. "As pessoas que adotam ou criam animais de estimação devem ter a preocupação de imunizá-los contra as pragas urbanas como o carrapato e a pulga, que causam reação alérgica e lesões no corpo das pessoas, além de infestar o ambiente, pois isso gera o controle do próprio local onde vivem. O fundamental nesse sentido é o trabalho preventivo que cada tutor deve ter com seu animal, vacinando-o", advertiu.

Segundo Amorim, ao decidir ter um animal de estimação, a pessoa deve levar em conta que o animal doméstico tem um tempo médio de dez a 15 anos de vida, que os animais ficam doentes e precisam de cuidados constantes, como alimentação adequada e vacinação periódica para que não desenvolvam a babesiose, a erliquiose (próprias do carrapato), a doença de Lyme e a febre maculosa ou outras causadas por parasitas como a leishmaniose ou a leptospirose.

Controle populacional - Quanto à preocupação com o controle populacional de cães e gatos, a castração ou esterilização é uma das formas de evitar que animais procriem de forma descontrolada e que (principalmente filhotes) sejam abandonados diariamente nas ruas. "O Governo Federal sancionou uma lei que cria uma política de controle de natalidade de cães e gatos no Brasil. Pela legislação, deverão ser feitas cirurgias de esterilização ou outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal. A lei também sugere campanhas educativas para alertar sobre a guarda responsável de animais de estimação", informou o Coordenador de Promoção da Saúde dos Animais.

O CCZ - O Centro de Controle de Zoonoses faz controle ou eliminação de doenças transmitidas entre os animais e o homem (zoonoses), por meio da vacina contra a raiva e fiscaliza a condição do animal, se está sendo bem tratado. Cabendo ainda, receber denúncias de maus tratos em animais. O CCZ funciona na Rua Augusto de Carvalho nº 101, Imbetiba e as denúncias podem ser feitas através dos telefones (22) 2772-6461, 2796-1186 e 0800-0226461.