Foto: João Barreto
Aula inaugural contou com a participação de 50 pessoas
A aula inaugural do sexto curso de Redução de Danos ao Uso Prejudicial de Álcool, Tabaco e Outras Drogas ocorreu na tarde desta terça-feira (13), no Auditório do Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo). A organização do curso coube à Coordenação Geral de Políticas sobre Drogas (CGPOD), da Secretaria de Saúde, da Prefeitura de Macaé. São 40 vagas preenchidas e 20 pessoas na fila de espera para assistir as aulas, que serão realizadas semanalmente até dezembro.
Segundo o médico psiquiatra da prefeitura, Henrique Pazzini, o curso de Redução de Danos é um dispositivo do Sistema Único de Saúde (SUS) para setores ligados ao governo ou não, pois essa temática deve ser ministrada para a comunidade em geral. Dentre os conteúdos da programação do curso estão "Sociedade e uso de substâncias psicoativas", "Abordagem e cuidado à pessoa em uso prejudicial de álcool, tabaco e outras drogas", "Direitos humanos", entre outros assuntos.
Estão participando da formação profissionais da rede envolvidos no trabalho com usuários, terapeutas, estudantes de psicologia e de serviço social, psicólogos e assistentes sociais. O público-alvo do curso é voltado a profissionais de nível médio e superior, de áreas vinculadas à Saúde e à Escola, além de funcionários ligados ao Consultório de Rua, Conselho Tutelar e secretarias de Cultura e Esporte.
Nesta aula inicial havia 50 participantes. O curso teórico se dará no Auditório do Cealo e as aulas práticas semanais acontecerão nos próprios dispositivos da rede de saúde e assistência social. Entre elas estão: o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps Ad), a Pousada da Cidadania, o Centro Pop e outros.
- O nosso objetivo é instrumentalizar e capacitar os diversos atores da cena urbana envolvidos na temática das drogas, na abordagem em redução de danos. Nessa perspectiva, o cuidado tem muitos alvos, não só a abstinência e interrupção do uso. Cada pessoa vai ter um tratamento diferente - conta Pazzini.
As aulas serão ministradas por professores convidados de universidades, como a Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e por profissionais da rede de saúde.
Uma contribuição para se evitar o preconceito
Para a psicóloga Débora Miranda, de 34 anos, que atua no Núcleo de Apoio à Saúde da Família, as aulas serão uma oportunidade de aprendizado que irão colaborar para a eficiência no seu trabalho, especialmente sobre casos de saúde mental.
Já a estudante de Serviço Social do quinto período Ana Carolina Dias, de 20 anos, que trabalha como estagiária no Consultório de Rua, as formações irão ajudá-la a saber como o usuário está se sentindo, além de contribuir para que se evite uma visão preconceituosa.
Psicóloga da Pousada da Cidadania, Juliana Dias, de 32 anos, diz que o curso vai colaborar para a troca de experiências entre os profissionais da rede de saúde: os que atendem as pessoas que utilizam drogas. "O fortalecimento dessa rede é muito importante para que a qualidade do atendimento seja garantida", completa.