Foto: Ana Chaffin
A programação faz parte do Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate a Hanseníase
O Programa Municipal de Hanseníase da Secretaria de Saúde realizou, na manhã desta terça-feira (8), no auditório da Cidade Universitária, a palestra: "Hanseníase na Atenção Básica". O tema foi apresentado pelo médico Cláudio Guimarães e a programação faz parte das comemorações do Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate a Hanseníase.
De acordo com informações do coordenador do Programa Municipal de Hanseníase, Maurício Zampieri, o evento teve como público alvo agentes comunitários de saúde (ACS). Segundo ele, esses profissionais estão mais perto das pessoas nos atendimentos nos bairros e quanto antes identificar a doença, melhor será o tratamento. "Aqui, os profissionais tiveram oportunidade de saber melhor sobre a doença e tirar suas dúvidas. Nossa intenção é de que palestras sejam realizadas outras vezes".
Segundo o coordenador, em Macaé, são registrados 25 casos por ano. O tratamento é gratuito e realizado no Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas. Nos casos mais brandos da doença, o tratamento demora seis meses, se for mais grave, um ano. "A doença é contagiosa, mas é necessário ter contato com a pessoa contaminada por 2 a 7 anos. Ela não é hereditária", acrescentou.
Quem quiser mais informações sobre a doença ou marcar uma consulta pode procurar o Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Sintomas - Manchas brancas ou avermelhadas sem sensibilidade para frio, calor, dor e tato; sensação de formigamento, dormência ou fisgadas; aparecimento de caroços e placas pelo corpo; dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; diminuição da força muscular.
Diagnóstico - A identificação da doença é essencialmente clínica, feita a partir da observação da pele, de nervos periféricos e da história epidemiológica. Excepcionalmente são necessários exames laboratoriais complementares, como a baciloscopia ou biópsia cutânea.
Tratamento - A hanseníase tem cura e quando tratada em fase inicial não causa deformidades. O tratamento, denominado poliquimioterapia (PQT), é gratuito, administrado via oral e está disponível em unidades públicas de saúde de todo o Brasil. Para pacientes que apresentam a forma paucibacilar (PB) da doença, a duração do tratamento é de seis meses e para os que apresentam a forma multibacilar (MB), o tratamento dura um ano. Concluído o tratamento com regularidade, o paciente recebe alta e é considerado curado.