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'O Tratado da Senhora Clap' estimula positividade
Cerca de 600 alunos do oitavo e nono ano das escolas municipais Maria Izabel Damasceno, Ancyra Pimentel e Polivalente, foram assistir na última semana, no Teatro Municipal de Macaé, ao espetáculo musical infanto-juvenil "O Tratado da Senhora Clap", inspirado na obra de Marta Duque Vaz.
Segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, a visita dos alunos ao teatro, em parceria com a Secretaria de Cultura, estimula o conhecimento pela leitura. "A peça tem como objetivo proporcionar aos nossos alunos o acesso ao teatro e à cultura. O espetáculo, baseado no livro, foi aclamado pela critica literária lusitana, considerado o melhor livro editado em 2015 pela crítica especializada no país e na mesma ocasião foi integrado ao Plano Nacional de Leitura de Portugal", informou.
Voltado ao público infanto-juvenil, a peça encena um convite para ingresso numa conferência ministra por aplausologistas (especialistas em aplausos), para investigar a arte de bater palmas, sinceras, em situações alegres ou tristes, e observar como esse gesto é capaz de produzir uma enorme magia.
O espetáculo musical é embalado por músicas clássicas de Ernesto Nazareth, Heitor Villa-Lobos, Johann Sebastian Bach, Frédéric Chopin e Wolfgang Amadeus Mozart. Em uma das cenas da peça, um perigo iminente: uma máquina que suprime a emoção e a crítica das pessoas faz com que elas passem a aplaudir qualquer coisa de forma automática, sem reflexão e vazias de sentimentos.
Os aplausologistas decidem, então, fazer valer os princípios do célebre "Tratado Universal sobre a Arte de Bater Palmas em Situações Alegres ou Tristes", escrito por sua Mestra, a Senhora Clap, e recrutam o público a conhecer este incrível estudo.
A aventura passa pelo misterioso dom da Senhora Clap: sempre que ela bate palmas, abre tanto os olhos, que seu corpo fica completamente transparente do lado esquerdo, e todos podem ver tudo que se passa dentro dela. Mas, para que isso aconteça, os aplausos devem ser sinceros - caso contrário, a ação pode gerar uma reação adversa, deixando a Senhora Clap opaca e triste.
As metáforas do corpo transparente ou opaco, e das palmas para situações tristes e alegres, levam o público a refletir sobre a beleza das pequenas ações e sobre a grandiosidade das práticas aparentemente simples, como o ato de aplaudir. Os aplausos sinceros emocionam quem os recebe e quem os pratica. Assim, esses aplausos são um elogio à vida, que merece ser celebrada com a alma, através das palmas das mãos.