Seminário de Educação de Surdos reúne municípios em Macaé

08/05/2018 15:41:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Foto: Divulgação

Continua nesta quarta-feira a capacitação para profissionais da rede pública de educação inclusiva

Qual é a melhor educação para os surdos? Para uma Educação Inclusiva efetiva, cidadã e global, a Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), trouxe a Macaé o Seminário de Educação de Surdos, que acontece nesta terça e quarta-feiras, na Cidade Universitária. Nos dois dias haverá palestras e cursos oferecidos, gratuitamente, a profissionais da rede pública de educação inclusiva do município e de outras cidades do estado que trabalham com alunos surdos nas escolas.

Participam do evento, além dos profissionais de Macaé, também de Campos, Carapebus, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Rio das Ostras, Iguaba Grande, Rio Bonito, Quissamã e a capital Rio de Janeiro. Juntos, eles trocam experiências e se capacitam. A abertura do seminário, às 9h, no Auditório Claudio Ulpiano, foi com os hinos nacional e o de Macaé apresentados na Língua Brasileira de Sinais (Libras), no telão.

O evento é destinado a profissionais que trabalham com alunos surdos, orientadores pedagógicos e supervisores das escolas polos, professores de Libras e das salas de recursos multifuncionais, promovido com ação da Secretaria Municipal Adjunta de Educação Básica de Macaé. Os cursos abordam as seguintes áreas: Políticas Públicas da Surdez e Língua Portuguesa como Segunda Língua. A temática é em torno da Educação “Bilíngue para Surdos: Práticas, Concepções e Implicações Práticas” e “Letramento de Surdos na Educação Básica”, respectivamente.

- A parceria com o Ines é fundamental para oferecermos um atendimento melhor aos nossos alunos surdos e estamos aqui para aprendermos juntos. Cada município está passando a sua experiência de forma a darmos continuidade e aprimorarmos a Educação Inclusiva de fato nas escolas -, destacou a secretária de Educação, Leila Clemente.

A superintende de Educação Inclusiva de Macaé, Cinthia Gonçalves, disse que o município conta com duas escolas polos da educação de surdos: Jofre Frossard, do 1º ao 5º anos, e Ancyra Pimentel, do 6º ao 9º anos. As duas unidades oferecem a Educação Bilíngue (Língua Portuguesa e Libras) e ainda contam com salas de recursos multifuncionais no contraturno.

Garrolice de Alvarenga, que atua nas redes de Macaé e Rio Bonito, destacou que a Educação Inclusiva perpassa desde a Infantil até ao Ensino Superior.

- O ideal é que os professores regentes tomem posse da Educação Inclusiva. Os recursos e as capacitações estão sendo oferecidos. A barreira é de dentro para fora -, afirmou.

A gerente de Eventos Pedagógicos de Carapebus, Clarissa de Souza, também acredita que a capacitação dos profissionais é o caminho para o aprimoramento da teoria e práticas com os alunos surdos.

- O município busca alternativas para uma Educação Inclusiva de fato. Precisamos oferecer uma educação melhor para os alunos surdos e, para que essa política se concretize efetivamente, dependemos de mais encontros como este -, concluiu.

O seminário conta com momentos teóricos e atividades práticas que levam os profissionais a experimentarem um pouco do que vivem os alunos surdos. Os materiais estão disponibilizados às escolas interessadas no site do Ines.

Conheça o Ines – O Instituto Nacional de Educação de Surdos é um órgão do Ministério da Educação que tem como missão institucional a produção, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimentos científicos e tecnológicos na área da surdez em todo o território nacional. O Ines também subsidia a Política Nacional de Educação, na perspectiva de promover e assegurar o desenvolvimento global da pessoa surda, sua plena socialização e o respeito às suas diferenças. O instituto oferece à população serviços de audiologia, biblioteca especializada e qualificação e encaminhamento profissional.

A Libras é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, regulamentada pela Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, e o decreto 5.626/2005 determina critérios de avaliação coerentes e diferenciados para o aluno com surdez.