O evento Braços Abertos – Aeroporto em Cena foi realizado na noite desta segunda-feira (20), no Teatro Municipal de Macaé, reunindo mais de 300 pessoas. Além de apresentações de atividades artístico-culturais ministradas pelo programa Art Luz no bairro Parque Aeroporto, como jazz, balé e outras, o público presente assistiu a mostras de bailarinos da Cia Art Luz de Dança e Teatro.
Uma atividade que fez a diferença foi a apresentação de dança afro, realizada pela professora de teatro e dança (Art Luz) dos distritos do Frade e de Glicério, Jaqueline Louzada. Ela foi acompanhada pela sua aluna Larissa Barreto, de 13 anos, que ressaltou seu maior controle das emoções – domínio da ansiedade – graças ao entrosamento e ao prazer da dança, que devido às apresentações tem colaborado para combater sua timidez.
Aluno da oitava série do Ciep Oscar Cordeiro, João Paulo dos Santos Oliveira (14), que está há oito meses aprendendo teatro com o professor Manuel Thomaz, frisou que na peça Pequenos Direitos, apresentada por cinco crianças no palco do teatro, há aspectos que concorda e que discorda. A história da construção teatral (comédia) contou a ação coercitiva e autoritária de pais sobre seus filhos. “Ser adulto é uma coisa muito difícil”, conta.
Quem ainda marcou presença no evento Braços Abertos – Aeroporto em Cena foi a coreógrafa da Cia Art Luz de Dança e Teatro Alessandra Gripp. A platéia pôde conferir as coreografias “Todo Bobo”, “Cinderela” e “Quando o Próprio Amor Vacila”. Esta última coreografia é baseada em poema interpretado pela cantora baiana Maria Bethânia. Ela enfatiza o fato de, às vezes, as pessoas esquecerem de si mesmas e viverem a vida de outros.
Foram muito significativas as apresentações coordenadas pela coreógrafa Kátia Alves. Ela administrou a mostra da coreografia “No Tempo da Inocência”, dança (jazz) que retrata os anos 60, sendo interpretada por 22 bailarinas, dos nove aos 13 anos de idade. São alunas do programa Art Luz, na Associação de Moradores do Parque Aeroporto (Ampra). Kátia também fez a gestão das coreografias “Por Um Instante” e “Acorda Brasil”.
- Graças às aulas de balé, aprendi a fazer alongamentos e a ficar menos lenta – conta Ana Flávia Alvarenga (11), aluna do professor de balé (Art Luz) Oyama Queiroz. Ele tem 60 alunas com idades entre cinco e 12 anos e apresentou no teatro dois clássicos e um moderno, composto por 28 bailarinas. “O balé é muito legal por causa da ginástica e da dança em grupo. Aprendi a dançar nesta atividade”, ressalta a aluna Karine Moreira de Souza (11).
O professor de balé Oyama finaliza dizendo que o programa Art Luz é muito importante para as crianças, tirando-as do tempo ocioso e aumentando nelas a disciplina. “Além do mais, as aulas são gratuitas”, informa.
Exposição - Paralelamente às apresentações no teatro, a Galeria de Artes Hindemburgo Olive que fica no mesmo andar do teatro mostrava 40 quadros feitos por 20 alunos da professora de pintura em tela Jômapina. Todos são do Parque Aeroporto e retratam a inspiração de Heitor Villa-Lobos. “A maioria das obras reflete a brasilidade. Nos quadros há muitas cores e referência à musica e à temática das cantigas indígenas e africanas, que tiveram atuação nos trabalhos do maestro”, comenta a professora. Essa exposição acontece das 9h às 18h, nos dias úteis, e vai até o dia 31 de outubro. A galeria localiza-se na Avenida Rui Barbosa 780.