Foto: Bruno Campos
Nesta segunda-feira foram soltos mais três animais, além da preguiça
Em meio a passos lentos, mas com um jeitinho bem desengonçado e, ao mesmo tempo adorável, Wolverine voltou para casa. Ficou tão feliz, que fez até pose para foto. Mas não se trata do personagem das histórias em quadrinhos. Esse é o bicho preguiça de coleira que foi solto, nesta segunda-feira (2), no Parque Municipal Atalaia. A inspiração para o nome veio das garras que são responsáveis pelo equilíbrio do animal nas árvores. Aliás, árvore é o que mais tem no parque que vem recebendo muitas solturas das equipes da Secretaria Municipal de Ambiente e Guarda Ambiental.
Nesta segunda-feira, foram soltos mais três animais, além da preguiça. Foram soltos também, um papagaio Chauá fêmea (espécie ameaçada de extinção no país) e um gambá-cachorro. Uma coruja da espécie Suindara também foi levada para o local, mas está em um viveiro para passar por uma avaliação, até ficar totalmente recuperada para ser solta na natureza.
Entre os quatro animais adultos, três passam bem. Apenas a coruja precisou ficar em observação e vai ser cuidada pela equipe do parque. Ela teria levado um choque em um fio elétrico e machucado uma das asas. Segundo o coordenador de Fauna da secretaria, Fernando Barreto, quanto mais cedo fizermos a devolução dos animais para o habitat natural, melhor.
- A coruja também está com um problema em uma das vistas. Mas, cuidamos com colírio. Aqui no parque, ela vai receber os cuidados que precisa para recuperar. A preguiça foi capturada ontem, no quintal de uma casa, em Areia Branca, onde estavam fazendo um churrasco. Eles a avistaram descendo da árvore. O gambá foi capturado no sábado, dentro de uma casa. O papagaio fêmea já estava há um tempo no Parque do Barreto, mas o trouxemos porque já fizemos a soltura de dois machos da mesma espécie no parque, e podem acasalar – explica.
Fernando ressalta que, nesse período do ano, até o mês de janeiro do ano que vem, é muito comum o aparecimento de animais na área urbana. “É um período mais escasso de alimentos e eles saem para a cidade à procura de comida. A questão das queimadas também influencia, pois os animais fogem para um lugar seguro. Esse também é o motivo do aparecimento de tantos gambás no município”, observa Fernando.
Além da parceria para resgatar animais silvestres, a Coordenadoria de Fauna também tem associação com o Instituto Estadual de Ambiente (Inea) para fiscalizar redes de pesca irregulares. Isso acontece tanto no mar quanto na Lagoa de Imboassica. No fim de semana, a equipe da Guarda Ambiental encontrou duas tartarugas careta careta em redes de pescadores. Infelizmente, elas não sobreviveram.
As denúncias são fundamentais para que práticas ilegais, como a colocação de redes de pesca em locais impróprios, seja inibida. As pessoas podem entrar em contato pelo email fernandopbarreto@gmail.com ou pelos telefones telefone (22) 99213-0791 e 2791-2741.