Blitz ambiental previne o tráfico de animais silvestres em Macaé

15/03/2010 11:53:05 - Jornalista: Lourdes Acosta

Baseados em denúncia de crime ambiental, uma equipe multidisciplinar formada por guardas e fiscais ambientais e pelo batalhão florestal da Polícia Militar do Estado executou, no domingo (14), uma mega operação preventiva e ostensiva. A ação, que partiu da secretaria de Meio Ambiente (Semma), aconteceu na RJ 168, em frente às futuras instalações da Vara Federal.

No local, a equipe promoveu uma blitz ambiental de prevenção ao tráfico de animais silvestres, detendo vários ônibus do transporte coletivo provenientes da serra de Macaé, para averiguação. A operação contou com o apoio da Defesa Civil.

Segundo o coordenador de fiscalização ambiental da Semma, Ronaldo Lima, a revelação de que pessoas estariam capturando e transportando animais silvestres chegou à secretaria e, logo em seguida, foi formada a equipe com objetivo de investigar a veracidade da informação e promover o flagrante de delito ambiental.

- Felizmente, ninguém foi preso e também não flagramos pessoas portando animais silvestres. Mas a operação foi um sucesso, pela forma pacífica da abordagem e pela conscientização promovida. Essa denúncia é uma reação da sociedade contribuindo para as ações de preservação ambiental – disse Ronaldo.

Legislação - “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, incorre em pena de detenção de seis meses a um ano, e multa”. É o que diz o artigo 29 da Lei Federal n° 9.605/98 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Além dessa, a legislação municipal prevê também penalidades, através da lei 027/2001.

O chefe de Meio Ambiente da Guarda Municipal, Madson Nazareno, que participou da operação disse que muitas campanhas preventivas são realizadas, entretanto, as pessoas insistem em cometer crimes ambientais, caçando e portando as espécies nativas.

- As campanhas estão aí, mas os crimes ambientais têm acontecido principalmente nesta época, que propícia à caça de animais silvestres. Por isso, precisamos intensificar a fiscalização, pontuou.

Durante a ação, o guarda florestal da Polícia Militar Carlos Vergílio revelou que cerca de 60 a 70 animais silvestres foram resgatados na região em menos de um mês e encaminhados aos órgãos competentes. “Os animais que nos são entregues, são levados a órgãos como o Zoonit, o Ibama e o Cetas – Centro de Triagem Animal, localizado em Seropédica, que após a quarentena, solta-os na Mata Atlântica”.