Foto: Arquivo Kaná Manhães
O bloco foi fundado em 2009 por macaenses para homenagear o músico, flautista e compositor Benedito Lacerda
Na sua terceira participação no carnaval macaense, o Bloco do Benê sai a partir desta sexta-feira (4) de carnaval na orla dos Cavaleiros. O bloco resgata a tradição do carnaval de rua. As marchinhas dão o tom musical e a democracia impera: todo mundo pode participar. É só botar a fantasia e cair na folia, com muito confete e serpentina. A realização do bloco é da prefeitura de Macaé e Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur).
Antes do início do carnaval, o Bloco do Benê participa da homenagem ao Dia Internacional da Mulher, promovida pela subsecretaria de Políticas para as Mulheres. O evento acontece nesta quarta-feira (2), no Solar dos Mellos, a partir das 19h.
O bloco foi fundado em 2009 por macaenses para homenagear o músico, flautista e compositor Benedito Lacerda. Benê nasceu em 14 de março de 1903 em Macaé e gravou com os maiores astros da era de ouro do rádio como Francisco Alves, Carmem Miranda, Silvio Caldas, Pixinguinha, entre outros. Benedito foi campeão em vários concursos de música para carnaval. Entre seus sucessos destacam-se: Eva querida, Despedida de Mangueira, A Lapa, A Jardineira, Professora, Amigo leal, Normalista, Ainda me recordo e Vou vivendo.
- O Bloco do Benê resgata o carnaval de rua, com muita alegria, marchinhas e convidamos as famílias macaenses a participar dessa folia. Desde o início tivemos o apoio do Alex de Moraes (presidente da Fesportur licenciado) e do prefeito Riverton Mussi, para a fundação do bloco que homenageia essa grande figura do cenário musical brasileiro, que foi o macaense Benedito Lacerda. É um bloco aberto, onde todos podem participar, com descontração e segurança. O bloco vai sair todos os dias do carnaval, na orla dos Cavaleiros, e também teremos uma programação variada em diversos pontos do município -, explicou o presidente interino da Fesportur, Rosalvo Júnior.
Um dos fundadores do bloco, o produtor cultural, Aldebaran Bastos, explica que a ideia de fazer um bloco cultural surgiu há alguns anos.
- Queríamos unir memória, descontração e folia para que a festa do carnaval pudesse ser um veículo para contarmos a história dos personagens de nossa cidade. O bloco consagra o resgate do carnaval carioca de rua, onde fantasias e serpentinas e muita marchinha de carnaval vão alegrar e encantar a galera de sexta até terça-feira de carnaval – explica Aldebaran Bastos.
Ele também destaca o grau de empregabilidade do bloco. “Temos uma equipe de 50 pessoas trabalhando entre atores, músicos, bonequeiros, apoios e manipuladores de alegoria. Todos os artistas são de Macaé e, mais uma vez, terá muita beleza e alegria. Convidando toda a família a participar desse momento único. O carnaval da praia dos Cavaleiros nunca mais foi o mesmo depois do surgimento do Bloco do Benê”, completa o produtor musical.
O Bloco do Benê é formado por 18 músicos, no baixo, bateria, caixa e surdo, sendo quatro cantores. Só nos instrumentos de sopro, como trompetes, trombones e saxofones, são oito músicos. O bloco também traz diversos bonecos gigantes.
- O bloco mantém a tradição da marchinha típica do carnaval carioca. Além disso, também temos a marcha rancho e o samba. Esse ano faremos também uma sessão de músicas dos anos 60 e 80, todas em ritmos carnavalesco. A marchinha é uma tradição do Rio de Janeiro, dos bailes de carnaval nos clubes e é essa a proposta do bloco. Também trazemos músicas de macaenses. A aceitação popular tem sido muito grande durante as cinco horas do percurso do bloco pela orla dos Cavaleiros. Nosso bloco não é elitista, não tem abada, todo mundo pode cair na folia junto com a gente. Só temos restrição à violência, nosso carnaval é da paz. Sai quem gosta. Atrás do caminhão do Benê, só vai quem quer -, explica o coordenador dos músicos do Bloco do Benê, Lúcio Schin Duval. O músico Zé Rangel também divide a coordenação do bloco.