Já começou o tradicional concurso dos Bois Pintadinhos em Macaé, que está esquentando os tamborins para o Carnaval. A programação segue em diferentes bairros até sexta-feira, véspera da folia, quando será realizada a grande fina. Tradição de mais de 100 anos do Carnaval macaense, o concurso dos Bois Pintadinhos tem o apoio da prefeitura de Macaé e da Liga Independente das Entidades Carnavalescas de Macaé (Liecam).
No concurso, os jurados analisam os quesitos bateria, animação, adereço e originalidade. Nesta terça-feira (1), a festa começa na quadra da escola de samba da Barra. Na quarta (2) a animação é na Rua das Casuarinas na Aroeira, e na quinta (3) os foliões marcam presença no Morro Santa Mônica, próximo à Petrobras. Na sexta-feira (4) na praça do Ciep no bairro da Aroeira, acontece a grande final, com premiação de troféus para o primeiro e segundo lugar. O evento começa a partir das 20h.
De acordo com o organizador do concurso, Vagner de Oliveira Malheiros, diretor de eventos da Liecam, estão participando do concurso aproximadamente 20 bois.
- Estou há quatro anos organizando os concursos dos Bois e estou muito satisfeito fazer parte desta alegria junto com a população. No ano passado, reunimos cerca de quatro mil pessoas na grande final. Esperamos que esse evento seja como nos anos anteriores, com muita paz para todos os foliões, disse Vagner.
Tradição macaense
A tradição dos Bois Pintadinhos foi “herdada” das festas tradicionais dos carnavais dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Mas ao contrário desses estados, os bois de Macaé não seguem a tradição de terem um guia “montado” no boi. Os bonecos chegam a quase quatro metros de altura, são acompanhados por uma bateria, e claro, muito samba no pé. Para participar, basta acompanhar pelas ruas e entrar no ritmo da batucada.
O tamanho do boi é que diferencia a brincadeira em Macaé. De acordo com o organizador do concurso, ninguém sabe ao certo como os bois começaram a “crescer”.
- A principal vertente diz que tudo começou com o boi Suave Veneno, da Nova Holanda, que começou a cada ano ficar maior, como forma de mostrar a sua imponência em relação aos concorrentes. A partir daí, as outras agremiações não quiseram ficar para trás, e começaram a fazer os bois a cada ano mais altos, acredita Vagner.