Foto: Robson Maia
Antes de conhecer os projetos de tecnologia da informação, prefeito, ex-ministro e secretários participaram de programa de rádio
O ex-ministro de Meio Ambiente e presidente da comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, Carlos Minc esteve em Macaé nesta quinta-feira (20), para conhecer o projeto de inclusão digital da cidade. O deputado Estadual elogiou o município por seu empenho na redução das desigualdades sociais através da geração de empregos verdes e inclusão social. Minc se encontrou com o prefeito Riverton Mussi e os secretários de Ciência e Tecnologia, Guto Garcia e Meio Ambiente, Maxwell Vaz.
Para o deputado, o programa Macaé Inteligente, do qual fazem parte as Lan Houses Públicas e a Fábrica de Cidadania, é um exemplo a ser seguido. “Este é um projeto muito bom. Sem dúvidas, o conceito de inclusão social e digital faz as pessoas se darem conta de que vale a pena cuidar do meio ambiente. Sempre defendi projetos como esse, que geram empregos verdes”, ressaltou.
O prefeito Riverton Mussi lembrou que os projetos de inclusão digital visam dar oportunidade para os moradores terem acesso a novas informações e consigam absorver o melhor que o mundo digital pode oferecer. “Ações como a Fábrica da Cidadania e as lan houses facilitam o acesso dos moradores à internet como uma estratégia inclusiva para bairros periféricos”, comentou.
Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas.
Dois novos conceitos são incorporados as políticas de inclusão digital: a acessibilidade de todos às TIs (e-Accessibility), neste caso, não somente a população deficiente; e a competência de uso das tecnologias na sociedade da informação (e-Competences).
O Secretário de Ciência e Tecnologia e presidente do Partido dos Trabalhadores de Macaé (PT), Guto Garcia, lembrou que o programa nasceu da percepção de que é possível reduzir as desigualdades sociais também a partir a inclusão digital. “A idéia é democratizar o acesso à informação. Além disso, fazemos a reciclagem do material tecnológico, que volta a ser utilizado nas Lan Houses Públicas”.
Durante a visita, Guto destacou a parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, que realiza o recolhimento de todo o material que não pode ser reaproveitado, para que seja feito o descarte de forma apropriada. “Entendemos que sem as parcerias que conquistamos, o programa não seria um case de sucesso como é hoje”, comentou Guto.
Após a visita à Fábrica de Cidadania e à Lan House do Telecentro, o ex-ministro ministrou na Universidade Estácio de Sá uma palestra sobre Desenvolvimento e Sustentabilidade. Durante o almoço, Minc se reuniu com o Secretario Municipal de Meio Ambiente, Maxwell Vaz e o subsecretário da pasta, Henrique Emery, quando foram discutidos os projetos desenvolvidos no município.
À tarde, Minc realizou uma palestra na Cidade Universitária, onde discutiu o papel fundamental que a universidade ocupa no na pesquisa, difusão de informações e criação de alternativas e soluções para as questões ligadas à biodiversidade. “Macaé faz muito por isso”, considerou. Para ele, neste ano internacional da biodiversidade, é preciso que sejam criadas leis que garantam que o acesso à biodiversidade seja controlado, para se coibir a biopirataria, e também que esse acesso de pesquisadores estrangeiros retorne como recursos investidos na comunidade local.
O ex-ministro, que é professor da UFRJ, ressaltou que há vinte anos participou de manifestações a favor da despoluição da Lagoa de Imboassica e disse que está se empenhando para que isso se realize.
Ele apresentou algumas alternativas economicamente sustentáveis para a população, principalmente para aquelas que vivem em áreas de grande necessidade de preservação. Um dos exemplos foi o mapeamento de áreas e a recuperação de áreas degradadas, para diminuir o impacto na s áreas mais preservadas.