Centro de Idiomas de Macaé democratizará ensino de línguas

10/12/2009 13:55:45 - Jornalista: Andréa Lisboa

Para facilitar o acesso ao mercado de trabalho e ao ensino superior, foi oficialmente criado, na quarta-feira (9), por meio de decreto assinado pela então prefeita em exercício e secretária de Educação, Marilena Garcia, o Centro de Idiomas de Macaé, que começará a funcionar em fevereiro do próximo ano. Nesse dia, o projeto foi apresentado a gestores da Educação e teve início a seleção de professores da rede municipal para atuarem no Centro. O processo seletivo termina nesta quinta-feira (10).

Para a secretária de Educação, o domínio de idiomas é um importante instrumento, principalmente voltado ao mercado de trabalho. “Com o centro, estamos cumprindo mais uma demanda do município, onde em vários setores, como o comércio, o conhecimento de uma língua estrangeira já é necessário”, destacou Marilena.

O projeto do Centro de Idiomas tem como modelo o de Brasília, que foi apresentado por seu diretor, mestre em Linguística Aplicada, Gleiton Malta Magalhães. Ele e a mestre em Inglês, Karina Torres da Paz, estão em Macaé para a seleção dos professores da rede municipal para atuação na escola. Dez professores de inglês e cinco de espanhol participam do processo seletivo. Dois deles começarão a lecionar no centro já no próximo semestre. Os demais aprovados serão cadastrados em lista de espera. Todos os selecionados deverão passar por um curso de qualificação para docentes, em janeiro.

Malta, ex-aluno do centro que atualmente dirige, se considera um exemplo de que é possível concretizar um projeto de escola pública de línguas de qualidade que dê oportunidades aqueles que não as têm de adquirir fluência em línguas estrangeiras. “Macaé está preocupada em favorecer projetos de políticas públicas de Estado que democratizem o acesso ao ensino”, ressaltou.

Cerca de oitenta alunos da rede pública municipal, de 10 a 18 anos, serão beneficiados já no próximo semestre por essa iniciativa. A proposta é que o estudante conclua o curso dominando uma língua. Para isso, serão oferecidas 4 horas de aula por semana. O centro, que funcionará próximo ao Senai, na Virgem Santa, é estruturado pelo Marco Comum Europeu de Referência de Línguas, modelo internacional. Alunos com necessidades educacionais especiais também serão contemplados.

O projeto piloto terá início com quatro turmas com vinte alunos de nível básico, duas de manhã e duas à tarde. Mais tarde, será ampliado para o turno da noite com os níveis intermediário e avançado. As escolas municipais receberão um quantitativo de vagas proporcional ao número de alunos e a seleção dos estudantes será feita pela unidade de ensino.

Estiveram presentes à apresentação os subsecretários: de Políticas Pedagógicas, Gelda Tavares; de Ensino Fundamental, Sol Gray, e de Educação Infantil, Márcia Heloisa, além do vice-presidente da Fundação Educacional de Macaé, Joelson Tavares, e supervisores e coordenadores da Secretaria de Educação e diretores de escolas.