Foto: Kaná Manhães
George Jardim participou do encerramento do curso direcionado aos pequenos agricultores de Macaé
Qualificar os pequenos produtores para poderem atender à demanda da merenda escolar, com produtos competitivos e de qualidade. Esse foi o foco do curso de Olericultura (horta comunitária), promovido pela Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Agroeconomia, de terça a quinta-feira (de 25 a 27), no Horto Municipal. O curso teve duração de 24 horas, oito horas por dia, com um total de 12 alunos pequenos produtores dos Assentamentos Celso Daniel e Maria Amália.
O objetivo da qualificação para os produtores também é proporcionar o crescimento da produção rural, aliada à modernização do cultivo. Na grade do curso foram abordados temas como sombreiro, irrigação e plantio de mudas. O secretário de Agroeconomia, George Jardim, e o subsecretário, Darlin Grativol, participaram da abertura e do encerramento do curso.
- Nosso objetivo é qualificar a mão de obra e também melhorar a qualidade da produção, onde eles estarão mais aptos para atender o mercado. Principalmente, agora, que temos esse projeto excepcional para o fornecimento da merenda escolar por parte dos pequenos produtores. Com um conhecimento melhor da técnica de produção, através do curso, inclusive com aulas práticas, eles podem se aprimorar – explica George Jardim.
O curso é promovido em parceria entre a prefeitura, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RJ) e o Sindicato Rural de Macaé. Os alunos do curso recebem transporte, lanche e refeição, fornecido pela prefeitura, e o Senar-Rio o instrutor do curso, que no caso deste de Olericultura, é o engenheiro agrônomo, Kurtis Fortman. Também é fornecida apostila prática.
- O curso foi bem puxado. Eles têm muitas necessidades às quais procuramos atender nestes três dias. Direcionamos os itens abordados em função do perfil deles que demonstraram muito interesse, principalmente, em assuntos como preparo de solo, cultivo protegido, entre outros assuntos. Eles têm muito interesse por tudo, vontade de aprender e otimismo – pontuou o instrutor do curso.
O secretário de Agroeconomia destaca que ainda está previsto mais um curso para esse ano, de “Casqueamento e Ferrageamento”, voltado para os criados de equinos do município.
- Essa é uma área em que temos muita demanda e o treinamento é necessário, pois faltam profissionais capacitados. Essa capacitação pode ser mais uma fonte de renda, pois no campo, o cavalo é utilizado no dia a dia do agricultor - completou George Jardim.
José Augusto Gomes, lavrador e morador do Celso Daniel, 62 anos, mais conhecido como Zé da Lagoa, entrega para verduras e legumes para a feirinha realizada aos sábados, com apoio da secretaria, ao lado da Casa e Vídeo. Agora, com o contrato da prefeitura com a Cooperativa Agropecuária e Agroindustrial da Agricultura Familiar de Macaé (Coopmac) para o fornecimento de alimentos para a merenda escolar, Zé da Lagoa, comemora a venda certa de seus produtos.
- Para a merenda vou fornecer alface, cenoura, couve, beterraba e batata doce. A venda é pouca na rua. Agora posso plantar à vontade com a certeza do que eu produzir, eu irei vender. A garantia é muito importante para nós. Tem hora que a gente vende 100, 200 pés de alface e, outro dia, nenhum. Fico mais feliz agora porque não vou perder mais nada. Para nós esse apoio da prefeitura também é muito bom, pois só n ao trabalha quem não quer. O curso foi ótimo, excelente. A gente acha que sabe, mas a cada dia as coisas mudam. Não uso agrotóxicos, pois eu vou comer também, meus filhos e os filhos de outras pessoas – diz Zé da Lagoa.