Um dos principais afluentes do Rio Macaé, o Córrego do Dantas, localizado na Bicuda Grande, região serrana de Macae, será recuperado. A informação partiu das Coordenarias de Recuperação de Áreas Degradadas e de Arborização e Paisagismo, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semmaurb). A ação deverá começar na próxima segunda-feira (17).
Após uma vistoria técnica realizada no local pela equipe ambiental, foi constatado grande desmatamento na mata ciliar do córrego. Por isso, a prefeitura através da Semmaurb deverá iniciar a recuperação da Faixa Marginal de Proteção (FMP) do terço final do Córrego do Dantas, na parte que corta a área do Assentamento Rural do Incra “Bendizia”.
- Os assentados estão sendo sensibilizados com a causa e já conhecem a importância da mata ciliar e como a falta desta provoca erosão e contribui para o assoreamento dos rios. Em função da perda de talude, proveniente do desmatamento da faixa marginal de proteção, que durante muito tempo serviu para a pecuária e agricultura, o córrego tornou-se também um grande contribuidor para o assoreamento do Rio Macaé – disse o engenheiro agrônomo Flávio Sayão, completando que a área que será reflorestada tem aproximadamente sete mil metros quadrados.
De acordo com o engenheiro agrônomo Flavio Sayão, o trabalho será realizado em parceria com os assentados, que fornecerão a mão de obra e ferramentas. “A Semmaurb vai oferecer a assistência técnica e 1750 mudas nativas da Mata Atlântica. Já foram entregues 700 mudas de espécies frutíferas e de valor cênico como ipês branco, rosa e verde, urucum, quaresmeira, pau-brasil, jequitibá, canela, entre outras”.
Reflorestamento com parceria – O reflorestamento do afluente do Rio Macaé conta também com a parceria da ONG Bioma que ao doar 200 mudas de mata nativa informou que a iniciativa visa colaborar para a neutralização de carbono na atmosfera, além de corrigir o desmatamento de muitos anos naquele local e a degradação do manancial.
- A prefeitura de Macaé tem interesse em restaurar nossas florestas e as faixas marginais dos rios que banham nosso município para o bem da comunidade. A perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes compromete a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica. Temos que promover ações integradas e fazer cumprir nosso compromisso com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, protegendo os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas – acentuou o assessor especial Hélio de Almeida, que responde atualmente pelo expediente da Semmaurb.
Desflorestação - O desmatamento, também chamado de desflorestação, é o processo de desaparecimento de matas (maciços florestais), fundamentalmente causado pela atividade humana. No caso do Córrego do Dantas, ele foi destinado a pasto durante muito tempo, por isso, o solo ficou degradado. Em sua faixa marginal existe hoje uma vegetação rasteira e alguns exemplares de maricá - espécie nativa importante no processo de proteção do solo.