Uma sociedade igualitária e sem discriminação racial. Essa é a meta do Programa de Cultura da África, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação de Macaé, através da Subsecretaria da Cultura, Esporte, Saúde, Meio Ambiente e Tecnologia. O Programa, implantado na gestão atual, vem trabalhando com professores e alunos da rede pública municipal de ensino toda a história da cultura afro. No ano passado, nove escolas foram visitadas e receberam a equipe do Programa de Cultura Africana, para este ano doze visitas estão programadas.
De acordo com a subsecretária que coordena a ação, Conceição de Maria Rosa, o programa é comandado por dois professores pós-graduados em Estudos Culturais e Históricos da Diáspora Africana, que promovem palestras e apresentações culturais sobre o tema. “Desde maio do ano passado começamos a desenvolver essas ações junto aos professores, orientadores pedagógicos e professores orientadores do ensino fundamental, além de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O primeiro momento foi apenas de palestras e apresentações, agora já estamos visitando as escolas e fazendo todo um levantamento do material didático disponível nas unidades, para orientar o professor em seus trabalhos de sala de aula”, explicou Conceição.
Outro ponto importante abordado pela subsecretária é com relação a idade trabalhada. “Estamos trabalhando com professores do ensino fundamental e, a partir do segundo semestre, vamos trabalhar também com os professores da educação infantil. Esses alunos têm uma idade ótima para adquirir tais conceitos e conhecimentos. A criança é livre de preconceito, ela trata sempre o amigo, como amigo, independente de cor, religião, etc. Temos que continuar incentivando e mostrando a ela que é dessa forma que devemos agir a nossa vida toda”, disse.
Segundo a secretária de Educação e vice-prefeita, Marilena Garcia, os profissionais do programa estão realizando ainda, uma espécie de consultoria, aos professores da rede municipal. “Todos os professores podem procurar a subsecretaria, ou mesmo a sala do programa que funciona na sede da Secretaria de Educação para tirar dúvida, pedir orientação sobre como trabalhar determinado assunto. A coordenação do programa está montando uma biblioteca sobre toda cultura Afro. Estamos também buscando vídeos sobre o assunto. No segundo semestre a educação infantil também passa a integrar as nossas ações”, contou Marilena.
- No início, era um trabalho mais voltado para a conscientização, com palestras, mas no final do ano passado transformamos isso em um programa que está nos rendendo excelentes frutos -, enfatiza Conceição.
As palestras - As palestras têm acontecido de forma programada e com todo o clima voltado para o assunto. A primeira parte do evento é realizada pelo professor Jorge Rodrigues, que aborda o tema “Racismo cotidiano”, com apresentação de vídeos, já a segunda parte, promovida pelo professor e músico Jorge Murtinho, trata de samba e poesia, tudo regado a muita música e diversão afro.