Macaé foi o município pioneiro do curso “Atualização em Enfrentamento da Violência e Defesa dos Direitos Humanos na Escola”, um projeto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) junto ao Ministério da Educação (MEC), que teve início nesta semana. Duas outras turmas começarão o curso no Rio de Janeiro, na próxima semana. Nos demais municípios, o curso terá início somente em agosto.
Esta é uma parceria da Secretaria Municipal de Educação (Semed) com a Fiocruz, o Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro (Degase), a UFRJ, e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação. Apesar de Campos dos Goytacazes ser a sede do pólo regional, Macaé conseguiu ser o primeiro município a formar turma, devido ao empenho da Semed, através do Instituto de Administração e Políticas Públicas (IAPP), em sensibilizar para a proposta os profissionais da rede.
Macaé foi um dos municípios avaliados como prioritários pelo MEC para a implementação da proposta. Os educadores atuantes na rede municipal que participam do curso debaterão sobre os temas: “Violência, suas especificidades e manifestações na escola (bullying, gênero, sexualidade e raça; violência escolar; violência familiar); “Como a violência pode afetar as crianças e os adolescentes”; “Promoção da saúde e prevenção da violência na escola”; “A escola e a rede de proteção de crianças e adolescentes” e “Elaboração de um projeto de intervenção local”.
“É com colaboração de todas as esferas de governo e com parcerias com instituições respeitadas que será possível dar cada vez mais qualidade à Educação do município, pela formação dos profissionais da área e para a melhor formação dos estudantes. Macaé, um município impactado pelo acelerado crescimento e que apresenta índices significantes de violência entre os jovens, busca alternativas para transformar essa realidade através da educação”, declarou a vice-prefeita e secretária de Educação, Marilena Garcia.
Foi a Secretaria que fez o contato com a Fiocruz, inscreveu os educadores e ofereceu a infraestrutura para o curso, que esta sendo ministrado na Cidade Universitária. “Macaé, que nem era pólo regional, se fez um, pela demanda que partiu do IAPP”, disse uma das coordenadoras do projeto, Patrícia Constantino.
Patrícia, que é doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, psicóloga e membro do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves) da ENSP/Fiocruz, ministra as aulas que irão acontecer às segundas e terças-feiras, das 9h às 12h e das 13h às 18h, até 6 de julho.
“Vimos, há algum tempo, identificando que a questão da violência está nas escolas e que essa é uma instituição potencialmente importante para a estratégia de prevenção da violência. A idéia é dar autonomia a professores e gestores do complexo escolar, para que tenham mais instrumentos para lidar com essa problemática, na tentativa de prevenir a violência, tanto no espaço escolar, quanto fora dela”, disse a pesquisadora.