Encontro entre representantes dos pescadores, vereadores e secretários municipais busca soluções para problemas de conflito geográfico entre setores offshore e pesqueiro. De acordo com o secretário executivo de Pesca, José Carlos Bento da Silva, têm acontecido casos em que navios, que trabalham para a indústria do petróleo, ocupam espaço destinado às atividades pesqueiras. A reunião, na qual foi servido almoço aos participantes, aconteceu nesta sexta-feira (7), na Associação dos Moradores da Barra de Macaé.
O pescador Marcelo Pereira Dias Madalena, por exemplo, deixou a rede de pesca para buscá-la no dia seguinte e, ao chegar no local para puxá-la, cabos de aço de uma plataforma ancorada impediram a retirada. “Perdemos sete a oito redes. Isso ocorreu em julho de 2006. Os valores dos prejuízos hoje seriam de R$ 1,2 mil”, conta Marcelo. Ele acrescenta que é necessário haver delimitação de espaços para as partes incluídas: navios rebocadores e embarcações de pescadores de Macaé.
Para se chegar a um denominador comum a essa situação várias reuniões serão agendadas. O secretário de Desenvolvimento Local, Jorge Aziz, ressaltou que devem ser acionados diversos órgãos públicos, por exemplo: Marinha, Ibama, representantes dos pescadores a nível estadual e federal, Petrobras, empresas do setor offshore, entre outros.
A meta dos encontros será delimitar áreas de ação de ambas as partes, de forma a evitar conflitos. Também estiveram presentes a vereadora Marilena Garcia, o secretário executivo de Marketing, Décio Braga; a presidente da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca, Mariana Machado; o presidente da Associação Mista de Pescadores, Valtair Pessanha; o secretário executivo de Inovação, Ciência e Tecnologia, Guto Garcia e o diretor financeiro da Associação Mista de Pescadores, Celso Monteiro Cardoso.
Na reunião foram feitas análises para equacionar a questão. Discutiu-se a possibilidade de criação de Lei Municipal ou, ainda, formatação de acordo de pesca entre as partes envolvidas. “Todas as propostas são importantes, pois é necessário que tanto o setor pesqueiro, quanto o offshore, convivam harmonicamente”, definiu José Carlos Bento da Silva.