Escola Parque Maria Angélica comemora Semana da Cultura

08/11/2011 07:35:10 - Jornalista: Clinton Davisson

A Escola Municipal Parque Maria Angélica, no bairro Aroeira, comemorou a Semana da Cultura com música, grafite e prática de skate. O evento mobilizou mais de 50 alunos, professores e amigos da comunidade local. Toda a fachada da escola foi revitalizada com desenhos de grafite e as crianças ainda tiveram oficina de pintura com artistas locais. A quadra da escola virou palco de música e exibições de atletas do skate que presentearam os alunos com várias acrobacias radicais.

Segundo a diretora, Renata Sobrinho de Oliveira, o evento faz parte do projeto Atravessando os Muros e Abrindo os Portões da Escola para o Espaço Cultura. “Já tivemos eventos do Art Luz da prefeitura com dança e artes marciais. Nosso objetivo é ampliar os conhecimentos dos alunos quanto às diversidades culturais”, explicou.

A diretora adjunta, Valéria Crespo Areas, comentou que os alunos estão fazendo cursos de grafite e passam o conhecimento para os outros estudantes através de oficinas. “Abrimos espaço em um muro do colégio só para as crianças, onde elas podem exercitar a criatividade e se expressar através da arte”, contou.

Um dos mentores da ação foi o ex-aluno Matheus Manhães Moté, que se inspirou em ideias que deram certo em outros países. “Essas crianças encontram na escola, um espaço para trabalhar e expor a sua arte. É uma ferramenta que estamos dando para esses jovens para escapar do mundo das drogas e se expressar”, contou.

Vários artistas do grafite de Macaé foram convidados para revitalizar os muros da escola. Alguns iniciantes e outros bem mais experientes. Todos concordaram que o trabalho com os alunos é importante para dar opções. Foi o caso de Vinícius Almeida, 23 anos, autodidata na arte do grafite e lembrou que, além de ajudar a escola, o artista acaba sendo compensado com um espaço para mostrar seu trabalho. “O grafite só está finalizado quando alguém vê e aprecia. Não adianta a gente criar se não tiver alguém para ver. Acontece com toda arte. Você precisa mexer com alguém, causar uma reação. E se isso não acontece, a arte é incompleta. Nós artistas somos gratos por este espaço que sabemos que vai ficar por um bom tempo mexendo com as pessoas”, completou.