Foto: Robson Maia
O trabalho de combate à poluição nas praias vai continuar por tempo indeterminado
Na tentativa de por um fim ao desrespeito com o meio ambiente, técnicos e fiscais das secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo (Semmaurb) e de Serviços Públicos (Semusp), estiveram nesta segunda-feira (24), na orla de Macaé, com o objetivo de detectar ligações clandestinas de esgoto in natura na rede de drenagem pluvial, que desemboca na areia da praia.
A equipe chegou ao local depois de receber denúncias de que moradores e comerciantes da Praia dos Cavaleiros estariam com o esgoto dos seus imóveis ligado à rede coletora pluvial. Segundo o coordenador de Fiscalização Ambiental da Semaurb, Ronaldo Lima, a vistoria faz parte do Programa Esgoto Zero na Orla. No local, a equipe, composta de homens e máquinas começou a investigar todos os bueiros e “bocas de lobo” das ruas transversais à Avenida Atlântica.
- Estamos realizando esse trabalho de combate à poluição nas praias em parceria com a Semusp, desde janeiro deste ano. Muitos infratores foram multados e suas ligações lacradas. Nesse período encontramos até uma saída de esgoto debaixo do deque de madeira na praia que estava comprometendo a balneabilidade. Agora, nós vamos prosseguir com a operação a fim de detectarmos se há crime ambiental. Caso encontremos indícios de crime ambiental, os infratores poderão ser processados e punidos com multa – disse.
Lima adiantou que na operação realizada nesta segunda-feira, 10 ruas foram investigadas, mas não foram encontrados os vestígios de crime ambiental. A fiscalização vai prosseguir durante a semana com o objetivo de identificar possíveis ligações irregulares de esgoto e verificar as instalações sanitárias dos estabelecimentos e residências daquele logradouro, cartão postal da cidade.
O trabalho consiste em verificar as conexões da rede de escoamento das águas pluviais e lacrar imediatamente aquelas onde são encontradas as ligações clandestinas de esgoto. “Temos que acabar com as ‘línguas negras’, da orla de Macaé, contribuindo com a sustentabilidade. Nenhuma água servida ou de esgoto deve ser direcionada à rede de água pluvial que escoa na areia, pois isso causa transtornos e doenças aos usuários”.
O assessor especial da Semmaurb, Hélio de Almeida, voltou a lembrar que a prefeitura está promovendo gradativamente o desenvolvimento sustentável da cidade e a questão ambiental tem sido trabalhada com muita seriedade.
- Quando um empreendedor se propõe a construir seu estabelecimento, recebe orientação da prefeitura sobre a necessidade da construção do sistema de esgotamento sanitário adequado, visando evitar danos ao meio ambiente. No caso da orla da Praia dos Cavaleiros, o sistema proposto, visto a inexistência de rede coletora de esgoto, é o conjunto, caixa detentora de gordura, fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro devidamente dimensionados para atender a demanda do empreendimento, assegurou.