Exposição Rio Macaé será aberta segunda-feira na Galeria de Artes

12/07/2008 13:52:10 - Jornalista: Andrêa Lisboa

A Fundação Macaé de Cultura promove, por meio do edital de seleção pública, Ação Macaé Cultural, a exposição fotográfica Rio Macaé. A abertura será nesta segunda-feira (14), às 19h, na Galeria de Artes Hindemburgo Olive, no Centro Macaé de Cultura. A mostra, de André Nazareth, é um ensaio em preto e branco sobre a população ribeirinha do rio Macaé, composto por 40 fotografias artísticas que retratam também, e com visão singular, a paisagem natural: nascente (Reserva Ecológica de Macaé de Cima), rio médio (Lumiar e Estrada Parque Serra Mar) e Foz (Cidade de Macaé).

A visitação à galeria, com entrada franca, poderá ser feita de segunda a sexta-feira, de 9h às 18h, do dia 15 a 1º de agosto. A exposição inédita é fruto de um trabalho desenvolvido pelo artista desde 2002. Ela é constituída por 40 fotos selecionadas entre as aproximadamente 100 que integram a coleção.

Para o fotógrafo, o aspecto documental deste trabalho sobressai o artístico. Entretanto, ele ressalta que as fotos foram produzidas em preto e branco, em formato 6 milímetros por 6, não se enquadrando em um modelo convencional. “A câmera busca uma intimidade com as pessoas e quer descobrir como elas se relacionam com o rio”, disse André.

Outro aspecto de seu trabalho é a preocupação com o meio ambiente. André explica que buscou a relação das pessoas com a água. “Quis ver a reciprocidade da pessoa com a água. É importante para elas protegerem o rio, porque o rio trás de volta o bem estar econômico”, concluiu.

Pela primeira vez André concorreu com um trabalho em edital público de seleção para apoio a projetos culturais. “Achei interessante porque abrange todas as áreas e todo o calendário do ano. Mantém uma programação cultural na cidade e a cultura ajuda o desenvolvimento geral”, ressaltou.

André Nazareth

André começou no ramo da fotografia com um curso no Senac paralelo a faculdade de Arquitetura. Em Londres, concluiu um curso de fotografia documental. No Rio de Janeiro, atuou sete anos na revista Veja Rio, por meio de uma agência. Desde o ano passado, se dedica mais a projetos culturais, pela agência na qual é sócio. Um de seus trabalhos de maior visibilidade foi a exposição documental “Carnaval Off”, montada há três anos, abordando uma ala da Escola de Samba Império Serrano.

Sua relação com o rio Macaé começou na infância, quando freqüentava a Reserva Ecológica de Macaé de Cima, em Nova Friburgo. Ele começou a fotografar as comunidades dessa região até que seu interesse passou a ser o rio. O que mais chamou sua atenção foi verificar que o rio, apesar de não ser muito grande, é muito diverso. Em Macaé de Cima há a reserva ecológica cercada por descendentes de suíços. Após 40 km se chega a Lumiar, uma área de forte eco-turismo, com conformação distinta, mais vertical e com águas rápidas. Logo depois a Bacia de Macaé e a Foz, que é atracadouro para pesca em alto mar e porto de rebocadores. Essas diferenças e potencialidades são, para ele, as riquezas do rio.