Feira de Livros: obras afro-brasileiras, aos sábados, na Cidade Universitária

07/07/2009 11:48:19 - Jornalista: Joice Trindade

Universitários, profissionais e visitantes da Cidade Universitária estão tendo todo o primeiro sábado de cada mês, das 10h às 15h, a oportunidade de conhecer e adquirir obras que destacam temas ligados à África. A programação da Feira de Livros é desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). O público tem acesso a livros didáticos, infantis e títulos diversos que retratam a história da África e da cultura afro-brasileira. As obras são da livraria Kitabo.

De acordo com a coordenadora do curso de Pós-Graduação Lato Sensu, “Afrocartografias marcas históricas e culturas da África na travessia do Atlântico”, Sonia Santos, esta programação tem o objetivo de possibilitar o maior conhecimento sobre a Africanidade.

- Esta feira tem um diferencial. As pessoas têm acesso a títulos voltados para África, o que é muito difícil de encontrar. Estamos ampliando os horizontes daqueles que desejam saber mais sobre a história cultural, social e também os romances que destacam a África - diz a professora que também apresenta o programa Africanidade, as quartas-feiras, às 11h, em uma emissora de TV regional.

Ela lembra que a feira está ligada à proposta do curso de pós-graduação de “Afrocartografias”, que enfoca a previsão da obrigatoriedade do ensino sobre a civilização africana nas unidades escolares. O estudo da História da África tornou-se obrigatório no currículo escolar a partir da Lei Federal nº 10.639, de janeiro de 2003, a crescida da Lei 11.645 que inclui a história dos índios.

O curso é destinado aos professores da rede municipal de Educação, principalmente, os das áreas de História, Português, Geografia e Educação Artística. Para a coordenadora do curso, a pós-graduação pretende também preparar os educadores para uma atuação profissional que vai além da sala de aula, ampliando seu desempenho entorno da gestão dos processos educativos e pesquisas que acontecem na escola onde atuam.

- Trabalhamos a produção de novos argumentos sobre a identidade nacional, respeitando as diversidades de gênero para que o conceito do estudo da História da África possa ser amplamente debatido nas salas de aula de nossa rede de ensino – explica Sonia santos.