HPM promove curso de Ventilação Mecânica Pediátrica e Neonatal

13/10/2008 16:08:46 - Jornalista: Leonardo Cosendey

Na última sexta-feira (10), o Departamento de Educação Continuada do Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) promoveu Curso de Ventilação Mecânica Pediátrica e Neonatal, dando continuidade à programação de ensino da instituição. “Nosso objetivo é aprimorar as técnicas, para que elas retornem à sociedade da melhor forma possível. Como exemplo, com este curso queremos evitar que pacientes graves recebam uma respiração artificial invasiva, que é mais agressiva”, diz o pediatra Rafael Vicente, coordenador do departamento e palestrante.

Voltado a estudantes e profissionais das áreas de Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, o curso contou também com a participação do fisioterapeuta Carlos Eduardo Pinho, dos hospitais Rocha Faria e Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, e o pediatra intensivista Carlos Alberto Bhering, de Barra Mansa, no sul do estado.

Segundo os três profissionais, o objetivo principal do curso era orientar a platéia a respeito dos melhores procedimentos a serem tomados em caso de emergências envolvendo insuficiência respiratória. “A respiração mecânica invasiva, aquela em que se intuba o paciente, deve ser evitada a todo custo, porque ela lesiona as vias aéreas. Se feita num recém-nascido, ela pode até virar uma doença crônica. Por isso, é necessário saber quando e como fazê-la”, explica Bhering.

– Além disso, quanto mais prolongado o uso da ventilação invasiva, mais os músculos respiratórios atrofiam. Por isso, é necessário usá-la o menos possível, para que o paciente não deixe de ser capaz de respirar por conta própria – conclui o pediatra.

De acordo com o fisioterapeuta Carlos Pinho, a ventilação invasiva é perfeitamente evitável: “80% dos casos podem ser resolvidos por meio de uma ventilação não-invasiva. Além de aliviar o cansaço causado pelo esforço respiratório em algumas patologias, ela ainda previne a intubação e a reintubação”, afirma.

Para a platéia, a oportunidade de aprender – ou rever – conceitos tão importantes foi muito boa: “Esse é um tema muito difícil de ser trabalhado, por isso é sempre bom estar relembrando”, diz o enfermeiro Filipe Reis, do Hospital Municipal de Conceição de Macabu.

– Depois que a gente se forma, nossas atividades começam a ficar mecânicas. Muitas vezes a gente nem sabe o que está fazendo. Cursos assim são importantes para se relembrar conhecimentos – conclui.