Macaé comemora Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde

04/10/2011 08:19:52 - Jornalista: Monica Torres

Foto: Kaná Manhães

Equipe do Morro de São Jorge

Para lembrar o dia dedicado a comemorações em homenagem ao Agente Comunitário de Saúde (4 de outubro), a Secretaria de Saúde de Macaé, através da coordenadoria da Estratégia de Saúde da Família, promove uma confraternização no Centro de Convenções, a partir das 14h, no próximo dia 20. Para o encontro estão programados um café da manhã e muita animação, característica dos agentes, que levam saúde e informações especializadas às famílias assistidas por eles.

“O Agente Comunitário de Saúde (ACS) contribui para a valorização do diálogo entre comunidade e sistema de Saúde. Ele é um trabalhador que atua como um agente de comunicação. Assim define o coordenador da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Macaé, Welberth Porto de Rezende, este profissional da promoção da Saúde.

A profissão do agente comunitário de saúde (ACS) foi legalizada pelo Governo Federal em 2002 (Decreto Lei nº 10.507) e é exercida em Macaé desde 1998. Hoje, uma média de 200 profissionais atua na área urbana e na serra macaense, visitando famílias para levar cidadania.

Eles integram duas estratégias no município: a Estratégia Saúde da Família, com 25 equipes, e o Programa dos Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com outras quatro equipes. São mais de 30 mil pessoas acompanhadas, por mês, por estes profissionais que são o espírito da atenção básica.

Como informa o secretário de Saúde, Eduardo Cardoso, os agentes são pessoas da comunidade capacitadas para fazer o trabalho de prevenção e promoção à Saúde:

- Eles entram na casa das pessoas e identificam situações de risco. Eles são agentes de mudanças, na medida em que aprendem com as experiências das pessoas, com os profissionais de saúde, compartilhando o que foi aprendido com a própria comunidade. O papel do ACS como mediador é uma unanimidade, tanto no que se refere à mediação entre o serviço e a comunidade como no que se refere à mediação entre diferentes saberes.

A ACS Nilda Daudt Belmonte da Silva é considerada uma das primeiras a exercer esta função no município de Macaé. Há 13 anos atuando no posto Cabeceira do Sana e Arraial do Sana, ela acompanha 105 famílias em seu trabalho diário pelas estradas, morros e cachoeiras do Distrito. Com sua moto, Nilda, uma das sete agentes de saúde do Sana, sai bem cedo para levar informações, marcar consultas e acompanhar o tratamento dos usuários, com os quais mantêm laços de confiança e amizade.

- O agente comunitário de saúde é alguém que se destaca na comunidade, pela capacidade de se comunicar com as pessoas, pela liderança natural que exerce. O ACS funciona como elo entre a comunidade e a unidade de Saúde. Está em contato permanente com as famílias, o que facilita o trabalho de vigilância e promoção da saúde, realizado por toda a equipe.

No começo da Estratégia de Saúde da Família no município, em 1998, quando ainda era denominada Programa de Saúde da Família (PSF), faziam parte da equipe somente um médico e um ACS. Hoje a equipe básica é composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta e dentista. Mas conta ainda com uma outra equipe de apoio, que atende no posto uma vez por semana: assistente social, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional de farmacêutico.

Outra ACS considerada também uma das mais antigas do município, Delba de Azevedo Possidonio, assiste 140 famílias no posto Fronteira A. Ela afirma que o forte vínculo com as famílias se dá por motivo do “trabalho de formiguinha” que faz nas visitas domiciliares, com atenção especial às gestantes, aos hipertensos, aos diabéticos e às crianças com baixo-peso.

- Somos profissionais que atuam como uma ponte entre as unidades de saúde e as famílias assistidas. Conhecemos a comunidade e também acreditamos muito no que fazemos. Levamos prevenção e promoção da Saúde às pessoas. Este trabalho de prevenção evita com que a pessoa se desloque até o hospital, por exemplo. E finaliza: “Gosto muito do meu trabalho, me identifico muito com ele.”

Dados do Ministério da Saúde apresentam um montante de mais de 200 mil profissionais espalhados por todo o país, que já contam com curso técnico especializado para sua carreira, além da oferta de concurso público em diversos estados brasileiros.