Macaé é destaque nacional na boa utilização dos royalties

31/10/2011 16:56:49 - Jornalista: Simone Noronha*

Foto: Ana Chaffin

Revista Veja destacou os investimentos feitos principalmente nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

Dos 1.031 municípios brasileiros que recebem distribuição dos royalties, Macaé foi considerada exemplo de boa aplicação dos recursos vindos da exploração dos recursos do petróleo. A cidade foi destaque na edição desta semana da revista Veja, uma das mais importantes do país, na reportagem especial sobre as cidades campeãs em riqueza e bem-estar. A revista destacou os investimentos feitos principalmente nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

- Em um momento em que todos os municípios produtores correm o risco de perder a verba dos royalties, uma reportagem positiva como esta é muito importante. Macaé é considerada a capital do petróleo, e por ter toda a logística de atendimento da Bacia de Campos, é a cidade mais impactada pela indústria offshore. Temos nossos problemas, que não são poucos, mas estamos procurando investir sempre na melhoria da qualidade de vida para a população e em preparar a cidade para o futuro, disse o prefeito Riverton Mussi.

O investimento em infraestrutura para atender a cadeia produtiva do petróleo reforça a premanência das multinacionais na cidade, aliada à qualidade de vida da população.

- Hoje, o município investe R$ 277 milhões de recursos próprios, advindos dos royalties, num grande projeto de drenagem e saneamento que vai melhorar a qualidade de vida na cidade. Não só estamos preocupados com o presente, mas também com o futuro, desenvolvendo o Programa Planejando Macaé, que traz um conjunto de intervenções para solucionar os desafios do crescimento do município, como também prevê o planejamento da cidade a curto (dois anos), médio (10 anos) e longo prazo (20 anos). Entre essas ações previstas pelo Planejando estão intervenções nas áreas de mobilidade urbana, macrodrenagem, infraestrutura, entre outras, que refletirão diretamente no dia a dia de nossa cidade - explicou o secretário de Governo, André Braga.

Na reportagem, a revista destaca que Macaé não se tornou “escrava dos royalties”, procurando outras alternativas de renda: apesar de os recursos dos royalties ter sido multiplicado por cinco na última década, seu peso relativo na arrecadação passou de 52% para 32%.

- O aumento da arrecadação municipal faz parte do bom desempenho do Sistema de Gestão de Tributos Municipais criado pela prefeitura, que inclui a implantação da Nova Fiscal Eletrônica. Macaé, hoje, é o segundo maior município em arrecadação de ISS do Estado do Rio de Janeiro e o terceiro de ICMS. Aos poucos estamos conseguindo diminuir a dependência dos royalties, mas os recursos do petróleo ainda são fundamentais para o nosso orçamento. Até porque eles não são benefícios, mas sim compensação pelos impactos causados pelo petróleo, disse o secretário de Fazenda, Cassius Ferraz.

A publicação também cita como exemplo de boa aplicação dos recursos do petróleo os investimentos feitos em educação, citando o aumento de jovens no ensino superior, por conta da Cidade Universitária, totalmente construída pela prefeitura.

- Hoje a prefeitura cuida da Educação desde a creche até o ensino superior. São quase 40 mil alunos na rede municipal, e a cada ano recebemos em média quatro mil novas matrículas. Investimos na qualificação constante dos nossos professores. A prefeitura oferece ao aluno uniforme completo, merenda de qualidade e transporte especial. Antecipando as metas do Ministério da Educação, já temos 33 escolas de tempo integral. Além disso, o município oferece cursos profissionalizantes gratuitos em diversas áreas, disse o secretário de Educação, Guto Garcia.

Outro destaque da reportagem foi na área de Saúde, onde Macaé aparece como a cidade com o menor índices de mortalidade infantil do país, dividindo o primeiro lugar no ranking com os municípios de Presidente Prudente e Americana, do interior paulista, e Viamão, do Rio Grande do Sul. O índice está em apenas oito mortes para cada mil bebês nascidos vivos.

- A redução da mortalidade infantil se deve aos trabalhos na área de prevenção e no aumento da oferta de consultas pré-natal, exames, leitos de UTI neo-natal e infantil realizado pela rede municipal de saúde. Oferecemos o serviço de pré-natal em praticamente todas as unidades de saúde da rede municipal, inclusive com atendimento à gestantes de alto risco, disse o secretário de Saúde, Eduardo Cardoso.

*Com Genimarta Oliveira e Catarina Brust