Macaé mobilizada pelos royalties

15/03/2010 12:48:40 - Jornalista: Catarina Brust

Foto: Arquivo Secom

Município de Macaé estará participando do Movimento pelos Royalties no Rio

A cidade de Macaé está mobilizada pela defesa dos royalties. Nesta quarta-feira (17), às 10h, cerca de 40 ônibus partirão da cidade em direção à Candelária, no centro do Rio de Janeiro, onde acontecerá a manifestação contra a aprovação da emenda Ibsen Pinheiro, que prevê a redistribuição dos royalties para todos os Estados e Municípios do país. A sociedade civil organizada, entidades, prefeitura, estudantes e empresas de Macaé estarão participando do movimento.

Os ônibus sairão dos seguintes locais: Terminais Lagomar, Cehab, Lagoa, Parque de Tubos e Novo Hospital, Praças Washington Luiz e Veríssimo de Melo, Ginásio Municipal Engenheiro Maurício Bittencourt e Glicério. Serão distribuídas camisetas, materiais diversos, alimentação e água. Os funcionários da prefeitura de Macaé que forem ao movimento no Rio terão suas faltas abonadas. O prefeito de Macaé, Riverton Mussi, também solicitou às Universidades estabelecidas em Macaé, que abonem as faltas dos alunos que participarem do movimento.

Em Macaé, os royalties são utilizados para as áreas de infraestrutura, saúde e educação. “O município utiliza esses recursos na manutenção da iluminação pública, merenda escolar, limpeza dos prédios municipais, Transporte Social Universitário (TSU), Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Hospital Público Municipal, Centro de Educação Tecnológica (Cetep) e parte da saúde. Em consequência teremos que fazer corte nos serviços terceirizados. Essa semana, já deixamos de assinar alguns contratos, receosos de que venhamos a contar com menos recursos no orçamento”, pontuou o prefeito.

Os impactos na infraestrutura também poderão ser drásticos, já que há muitas obras em andamento nos bairros, como o Lagomar, Nova Holanda e Nova Esperança, além do Programa Água Limpa, que prevê investimentos na ordem de R$ 277 milhões. Com os possíveis cortes, a Secretaria de Obras só teria condições de executar obras de manutenção, como tapa-buracos e recuperação de meio-fio e pequenos reparos nos hospitais, postos de saúde e escolas.

Na área de saúde o impacto será principalmente na manutenção de serviços de alta complexidade, que são de alto custo. Um exemplo é o Hospital Público Municipal (HPM) que presta um serviço de atendimento de urgência e emergência e atende também pacientes de outros municípios, com investimento anual de R$ 90 milhões. A unidade conta com mais de 20 especialidades médicas de plantão 24h, mais de 100 leitos, três UTIs, centro cirúrgico e pronto atendimento.

De acordo com o prefeito, a duplicação da RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), no trecho urbano, entre a Praia Campista e o Trevo da Cancela Preta, será mantida. Assim como, o término da Avenida Industrial, que faz parte do Arco Viário do município e é uma obra fundamental para deslocar o tráfego de veículos pesados do centro da cidade.