Profissionais de diversas áreas, usuários e a comunidade participaram, nesta quarta-feira (21), das atividades alusivas ao Dia de Luta Antimanicomial que aconteceu no domingo (18). As atividades, promovidas pelo Programa de Saúde Mental, da secretaria de especial de Saúde, tiveram início com a exibição do filme “Uma mente brilhante” e, em seguida, debate sobre a luta antimanicomial no país.
A coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Maria Luiza Vaccari Quaresma, lembrou que o objetivo do evento é promover a inserção de todos e informar os dispositivos oferecidos na rede. “Estes momentos são importantes para que as pessoas se conscientizem que, apesar das diferenças, é possível que todos vivam em harmonia”, frisou.
O gerente do programa de Saúde Mental, o psiquiatra Júlio César Pinto, ressaltou que o importante nestes eventos é inverter o pensamento de que tem que isolar as pessoas com comportamentos e pensamentos diferentes. ‘Não podemos aceitar mais esta lógica de isolar para tratar, pois foi assim que surgiram os hospitais psiquiátricos”, falou.
Júlio acrescentou que o município tem avançado no que diz respeito ao tratamento de saúde mental, visando a redução das internações. Entre os novos serviços que serão implementados está da unidade de Emergência Psiquiátrica, que está sendo construída anexa ao pronto socorro do bairro Aeroporto.
Outro serviço importante que será implantado no município é o de Residência Terapêutica, numa parceria entre os governos municipal e federal. Os Serviços Residenciais Terapêuticos são casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais que permaneceram em longas internações psiquiátricas e impossibilitadas de retornar ou por não aceitação da mesma ou por não encontrá-los vão para estas residências, onde recebem toda assistência necessária.
- Esses dispositivos, inseridos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), são centrais no processo de desinstitucionalização e reinserção social dos egressos dos hospitais psiquiátricos - frisou Júlio, acrescentando que um estudo aponta que entre 10 e 20% das pessoas que habitam os hospitais psiquiátricos estão de alta.