Representantes da secretaria Executiva de Trabalho e Renda (Semtre), Petrobras e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) discutiram, nesta terça-feira (4), na Incubadora de Empreendimentos, a possibilidade da implantação de cursos de hotelaria onshore e offshore do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), em Macaé. O objetivo é a qualificação profissional de moradores das comunidades carentes de Macaé.
Durante a reunião, a coordenadora do Prominp na Bacia de Campos, Eliete Rosado, anunciou que o município vai oferecer 3,8 mil vagas para 24 cursos gratuitos de nível básico, médio e técnico, em 2008, promovidos pelo programa, que é coordenado pelo Ministério das Minas e da Energia (MME) e Petrobras. As inscrições serão feitas em janeiro e os interessados terão que passar por processo seletivo que será aplicado pela Fundação Cesgranrio. Os cursos deverão começar em março.
A idade mínima para os interessados em participar dos cursos é de 18 anos. Os alunos aprovados receberão bolsa auxílio de R$ 300 a R$ 900. Saloneiro, cozinheiro, operador de movimentação de cargas, auxiliar de plataforma, comissário, são alguns dos cursos que serão oferecidos.
O projeto em parceria com a prefeitura, Petrobras e Senac visa proporcionar gratuitamente a qualificação de moradores das comunidades carentes de Macaé em cinco cursos de hotelaria: auxiliar de cozinha, taifeiro, padeiro e confeteiro, saloneiro e cozinheiro. A formação desses cursos será a mesma do Prominp. O objetivo é que os alunos depois de formados façam parte de um banco de dados disponível para os empresários do setor hoteleiro.
A implantação de mais um mecanismo de qualificação é um fator essencial para a formação de instrumentos geradores de trabalho e renda para a comunidade local, de acordo com a Semtre.
- Estamos elaborando o projeto, definindo as etapas necessárias para a implantação dos cursos e o número de vagas para a população. A seleção para esses cursos será feita pelo Senac por meio de uma prova para nivelar os alunos. O importante é que será mais fácil para a população de Macaé participar, já que pelos cursos do Prominp a procura é nacional e a concorrência é grande – observou Sandra Camargo, assessora de gestão da Semtre, que representou o secretário da pasta, Cláudio Bogado, na reunião desta terça-feira.
Eliete Rosado informou também que buscará junto à coordenação nacional do Prominp, o selo do Programa para os certificados desses cursos. “A coordenação nacional do Prominp é sensível quanto aos trabalhos que envolvam comunidades carentes. A prefeitura entra com o espaço, o Senac com a capacitação e a Petrobras com os insumos, através de aporte de verba junto ao Senac. Durante a implantação do Projeto Comunitário Morobá numa comunidade carente de Macaé, identificamos que os adolescentes a partir dos 16, 17 anos não recebem atendimento em projetos, por isso a empresa decidiu investir neste setor”, disse a coordenadora, acrescentando que a Petrobras só vai firmar convênio com a rede hoteleira que tenha profissionais qualificados por meio dos cursos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás.
O objetivo do Prominp é capacitar, gratuitamente, mão-de-obra especializada em 163 categorias profissionais consideradas críticas para o setor de petróleo e gás, ou seja, categorias com disponibilidade de mão-de-obra bem inferior à demanda do setor. Para Macaé foram mapeados 24 cursos que serão implementados.
- Cada curso tem uma duração diferente, mas a média é de quatro a seis meses. No mercado de trabalho um taifeiro ou saloneiro ganha em torno de R$ 400 e um cozinheiro cerca de R$ 1 mil – explicou Carlos Caldas, no Núcleo de Petróleo e Gás do Senac Rio.