Capturando a beleza da natureza em suas telas harmoniosas, Mariane Pires, defendia a fauna e flora do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. A artista plástica, aos 59 anos, faleceu nesta quinta-feira (6), em Macaé, com meningite.
Artista plástica e mestra nas artes, Mariane Pires, em seus 40 anos de carreira, pintou centenas de telas que estão espalhadas pelo país. E muitas delas estão no exterior. Ela expôs em muitos municípios brasileiros, mas principalmente em Macaé, cidade que adotou desde 1982.
Sua exposição Detalhes de Jurubatiba, desde 2000, foi apreciada por mais de mil pessoas. Ela enfoca a biodiversidade do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, situado nos municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã, que é único de restinga no Brasil. A autora faz um contra-ponto a questões ambientais relativas ao parque: agressões, abandono de fiscalização, invasões, desmatamento, queimadas, tráfico de animais silvestres entre outros problemas.
Na segunda-feira (3), aconteceu a abertura das exposições “Detalhes de Jurubatiba e o Vôo da Natureza” na Galeria de Arte Hindemburgo Olive, da Fundação Macaé de Cultura. Mariane não compareceu a vernissage porque já estava adoentada, sob suspeita de dengue. Devido ao agravamento dos sintomas, ela chegou a ser transferida para o Rio de Janeiro, vindo a falecer no Hospital da Unimed, em Macaé, na quinta-feira, aproximadamente às 20h. O sepultamento aconteceu sexta-feira (7), às 17h, no Cemitério Campo da Paz, em Campos dos Goytacazes.
O curador das exposições, Paulo Moraes, destacou a dedicação de Mariane de ensinar sua arte aos mais humildes. “Detalhes de Jurubatiba e Vôos da Natureza foram mostras de amor ao meio ambiente. Que sua mensagem mostre a todos um caminho mais feliz para a humanidade”, disse emocionado.