Trabalho pioneiro na gestão pública, o projeto de Cinoterapia implantado pela Prefeitura de Macaé, por intermédio da secretaria Especial de Saúde em parceria com a Guarda Municipal, foi apresentado nesta sexta-feira (05) aos pais e responsáveis dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial infanto-juvenil (Capsi).
De acordo com a coordenadora administrativa do Capsi, Helena Maria Scatoline é importante que os pais participem e conheçam o objetivo do projeto que consiste no uso de cães no tratamento psicológico de crianças e adolescentes. “O trabalho terá início efetivamente com as crianças na próxima semana. No primeiro momento, foi feita uma sensibilização com os profissionais da instituição e pais”, explicou, acrescentando que o objetivo é trabalhar afetividade, equilíbrio, coordenação motora, socialização e interação pessoal.
Helena acrescentou que outros projetos serão implementados na unidade como a instalação de um consultório odontológico para atender os assistidos, além da implantação da Equoterapia, como mais um dispositivo terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial.
O coordenador do Grupamento Independente de Cães (GIC) da Guarda Municipal, Eugenio Bezerra, ressaltou que a autarquia conta com alguns projetos sociais e o trabalho com o Capsi promove a interação das crianças com o cão. “É importante ressaltar que a cadela Dog, da raça labrador, é dócil, treinada, vacinada e livre de hetoparasitas e, desta forma, tornamos o tratamento seguro e prazeroso para as crianças”, disse.
A dona de casa Maria Soares disse que o filho dela adorou a novidade. “Confesso que tenho medo de cachorros, mas o meu filho ficou muito feliz em brincar com a cadela, e eu confio no trabalho da equipe; também pude ver que ela (a cadela) é muito carinhosa”, falou.
Capsi - Localizado na rua Francisco Portela, 239 no Centro, o Centro de Atenção Psicossocial infanto juvenil atende crianças e adolescentes até 25 anos, de acordo com a portaria 007/2008 do Ministério da Saúde.
O público alvo do Capsi são autistas, psicóticos e pessoas com risco social gravíssimo. Segundo Helena, a instituição hoje é referência no município para o atendimento de crianças e adolescentes, sendo a principal porta de entrada.
- Antes da implantação do Capsi, o atendimento às crianças e adolescentes com transtornos mentais era feito de forma ambulatorial no Núcleo de Saúde Mental. Agora, esse trabalho é feito de forma integral, onde a família e a comunidade participam de forma efetiva no tratamento do usuário -.
Atualmente, 100 crianças e adolescentes estão recebendo atendimento no Capsi, sendo que alguns recebem tratamento semi-intensivo, com a permanência de um período na instituição, a cada 15 dias, e outros permanecem o dia todo para tratamento intensivo. As crianças recebem lanche e almoço.
A equipe do Capsi é composta por médico, psiquiatra, terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, musicoterapeuta, fonoaudiólogo, enfermeira, profissional de educação física e acadêmicos de psicologia e de terapia ocupacional. São oferecidos atendimentos individuais e em grupos, à família, visitas domiciliares e institucionais, oficinas terapêuticas e eventos com a comunidade.