Palestra sobre imigrantes japoneses acontece nesta quarta-feira

26/04/2005 17:17:00 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

A professora Mariléia Franco Marinho Inoue, da UFRJ, estará em Macaé, nesta quarta-feira, (27) para proferir palestra, com o tema “Os pioneiros japoneses em Macaé – No outro lado nasce o Sol”, no Museu da Cidade – Solar dos Mellos -, às 14 horas. A professora, que nasceu em Glicério, vai mostrar seus estudos sobre a migração japonesa em Macaé, principalmente na região serrana.

A palestra acontece no Auditório Washington Luiz, do Museu, e, segundo informações do secretário de Acervo e Patrimônio Histórico, Ricardo Meirelles, despertou o interesse dos macaenses, estando o local com os 30 lugares reservados. A palestra faz parte da tese da professora na UFRJ, onde ela comprova, através de estudos e documentos, que os japoneses chegaram a Macaé em 1907, um ano antes da considerada primeira migração japonesa para o Brasil, que aconteceu em 1908, quando um navio trouxe ao país centenas de japoneses para trabalharem nas lavouras em São Paulo.

A tese da professora dá outro rumo à história da migração japonesa para o Brasil e mostra que a primeira leva dos imigrantes japoneses não teria ido para São Paulo, mas sim para o Estado do Rio de Janeiro, para Macaé, na região serrana, onde se estabeleceram para cuidar de afazeres agrícolas.

Acompanham a professora Mariléia sete descendentes desses imigrantes, que vêm conhecer o município onde suas famílias se instalaram há quase cem anos. “Certamente são tataranetos dos antigos imigrantes”, disse Ricardo. A Câmara Municipal também vai acompanhar e dois vereadores estão inscritos para participar, o pastor Jorge de Jesus e a professora Maria Helena de Siqueira Salles, ex-secretária municipal de Educação.

“Nosso objetivo é implementar no Auditório Washington Luiz uma série de atividades culturais e outras ligadas às pesquisas e história. Estamos aguardando a palestra da conterrânea Mariléia e, assim, conhecer mais um pouco sobre o passado de Macaé. Nosso interesse é grande por tudo aquilo que diz respeito ao município, que hoje vive a era do petróleo, mas que sempre vivenciou grandes momentos na história do Estado“, concluiu Ricardo Meirelles.