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Mapa mostra proposta do corredor ecológico
A Associação Ecológica Amigos da Serra (Asema) e o Instituto Bioatlântica realizam nesta quinta-feira (20), no Parque Atalaia, a primeira oficina “Corredor Ecológico do Muriqui” deste ano. O evento tem o apoio da prefeitura de Macaé, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semmaurb), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da empresa MPX.
A oficina vai reunir representantes de organizações governamentais e não governamentais, universidades, sindicatos rurais e instituições de pesquisas para discutir as principais metas regionais das áreas sustentáveis.
Durante todo o dia, os participantes irão discutir quais são os caminhos que servem para o fluxo da vida silvestre local e se isto é possível com a conexão de fragmentos florestais, através de ações de proteção e restauração de áreas, intervindo de modo a tornar ambientalmente amigáveis as atividades produtivas do corredor ecológico regional.
- O corredor é como uma colcha de retalhos de áreas sustentáveis como parques, reservas públicas ou privadas, terras indígenas, propriedades com sistema agroflorestais ou ecoturismo e até cidades – disse Leonardo Pinheiro, coordenador da Asema.
O Corredor Ecológico do Muriqui regional abrange 240 mil hectares incluindo os municípios de Macaé, Conceição do Macabú, Trajano de Morais, Santa Maria Madalena, Nova Friburgo e Bom Jardim. O projeto do Corredor prevê a implantação de um programa regional de conservação e restauração florestal em larga escala, integrando esforços governamentais, particulares e de organizações locais.
Por que Muriqui – O macaco muriqui está no topo da lista dos primatas mais ameaçados do planeta. Restam apenas mil na natureza, vivendo em fragmentos florestais na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. É por isso que o muriqui foi escolhido como espécie-bandeira de futuros corredores ecológicos.
Segundo os organizadores da oficina, a expectativa é facilitar a conservação do muriqui e de toda a biodiversidade dos corredores ecológicos da região, discutindo a adequação ambiental das propriedades rurais e a garantia do fornecimento de serviços ambientais, entre outros assuntos.
- Nós garantimos todo apoio necessário a esse importante debate que irá acontecer no Parque Municipal do Atalaia que, juntamente com a Área de Proteção Ambiental (APA) do Sana e a Mata da Bendizia, no distrito de Cachoeiros de Macaé, integram as Unidades de Conservação do município, que estão sendo aprovadas pelo Ministério do Meio Ambiente – garantiu Erica Steagall, coordenadora das Unidades de Conservação, gerenciadas pela Semaurb.