Prefeita em exercício ouve instituições subvencionadas

03/03/2011 10:32:14 - Jornalista: Grazielle de Marco

Foto: Kaná Manhães

Participaram da reunião representantes da Amac, Amada, MDS, Shalom Life, Genese e da Pastoral da Sobriedade

Dar voz às instituições que realizam trabalhos sociais em Macaé, ouvindo suas sugestões e aflições. Este foi um dos principais objetivos da reunião realizada, na quarta-feira (2), à tarde, no gabinete da vice-prefeita, que contou com a presença da prefeita em exercício, Marilena Garcia, e representantes da Associação Macaense de Apoio aos Cegos (Amac), Associação Macaense de Apoio aos Deficientes Auditivos (Amada), Shalom Life, Genese, Pastoral da Sobriedade e Movimento da Diversidade Social (MDS).

Entre as idéias apresentadas, a sugestão do Encontro Municipal de Instituições sociais, apresentada por Marilena Garcia, obteve adesão imediata dos presentes. “Temos muitas entidades realizando trabalhos similares. Se pudéssemos juntá-las em um mesmo lugar não só para troca de experiências, mas também para trabalhos conjuntos seria muito interessante. Vou sugerir ao prefeito Riverton Mussi realizarmos esse encontro ainda este ano”, disse.

A agente de prevenção e conselheira em Dependência Química, que representou a Pastoral da Sobriedade, Magda Soraia Delfino, se mostrou empolgada com a iniciativa. “Nunca tivemos encontro como esse no município. Marilena, desde sua atuação na Câmara, sempre esteve ao lado das instituições, nos convidando a participar de audiências públicas e das comissões, e nos dando oportunidade de ver que temos poder. Esse encontro será muito importante para todos nós que trabalhamos em instituições”, ressaltou.

Além do encontro, as instituições aproveitaram para apresentar para Marilena Garcia o trabalho realizado na comunidade e o impacto dos cortes nas subvenções para os atendimentos realizados. Foi o caso da Shalom Life e do MDS, que mostraram preocupação na possível redução no número de atendimentos. “Este ano, estou preocupado porque nosso trabalho é com dependentes químicos. É um trabalho de saúde pública. Tenho receio de não ter recursos para atender todos os que nos procurarem”, disse o presidente e fundador da instituição, Luis Antonio Leal.

Preocupação semelhante apresentou o ativista do MDS, Mário Sergio dos Santos: “Tivemos que entregar nossa sede e, hoje, as coisas da instituição ficam na minha casa. Atendemos pessoas em diversos bairros com cursos de capacitação, temos um trabalho de educação para conscientização e intervenção social. Estamos voltando agora com trabalho de intervenção. Já a psicóloga e representante do Genese, Jamile dos Santos Simões Portugal, lamentou: “tivemos que dispensar a enfermeira que atuava conosco em nosso trabalho de prevenção de dependência química e acompanhamento”. Ela acrescentou que Marilena afirmou que irá conversar com o prefeito para tentar encontrar uma solução. “Vou conversar com Riverton sobre o que ouvi e veremos o que é possível fazer para ajudá-los”, ressaltou.

Os representantes da Amac e Amada, Marcos Passos e Aline Christian, explicaram seu novo papel na educação de deficientes visuais e auditivos, respectivamente. “Nossa principal preocupação é garantir que tenham uma base concreta”, explicou Marcos.

A prefeita em exercício lembrou que a Secretaria de Educação integrou, a partir de 2010, o programa de educação inclusiva do MEC, a partir do qual, crianças com todo tipo de deficiência são matriculadas em escolas regulares, estimulando o convívio social.

Animados com a possibilidade de poderem participar com idéias para a administração, os representantes das entidades elogiaram a iniciativa da prefeita em exercício. “É muito bom poder participar de um momento como este”, ressaltou Marilena Garcia.