Prefeitura promove encontro sobre vigilância contra violência

03/08/2017 14:59:00 - Jornalista: Liliane Barboza

Foto: Arquivo Secom/João Barreto

Centro Administrativo Luiz Osório sedia evento na próxima segunda-feira, de 10 às 12 horas

A Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências, vinculada à Secretaria de Saúde, realizará na segunda-feira (7), de 10h às 12h, encontro com o tema "Rede de Vigilância das Violências", no auditório do Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo). O objetivo é conscientizar profissionais sobre a importância das notificações sobre casos violência no município.

A coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências, Ananda Resende, explica que a meta é qualificar, dar suporte e tirar dúvidas dos colaboradores da rede. "Queremos acompanhar também os fluxos de encaminhamentos", explicou.

O trabalho visa que não haja interrupção no acompanhamento da pessoa que foi vítima de violência. A área técnica foi criada em 2015 e uma das metas é o aumento do número das unidades notificadoras, tanto da rede pública, quanto privada, de saúde.

- Em 2016 nós recebemos 1.229 notificações de casos de violência, mas vale ressaltar que esse número não é real, pois muitas situações não são notificadas. O bairro Lagomar é o local onde foram registrados mais casos de violências, seguido do Parque Aeroporto, Ajuda e Riviera Fluminense, informou Ananda.

Já os dados deste ano ainda estão sendo contabilizados. Ananda Resende disse que os casos de violência acontecem muitas vezes dentro de casa e atingem em maior número as mulheres.

Vítimas podem ser crianças e adultos

As notificações devem ser feitas em caso suspeito ou confirmado de violência contra crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, indígenas, população LGBT e homens em situação de violência doméstica ou intrafamiliar, sexual, autoprovocada (suicídio), tráfico de pessoas, trabalho escravo, intervenção legal (praticada por agente da lei) e violências homofóbicas.

Todos os profissionais de saúde, educação, área de garantia dos direitos e assistências, como por exemplo, médicos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos, agentes comunitários, conselheiros tutelares, professores, orientadores pedagógicos e diretores de escola podem participar do encontro.

Casos de violência sexual e o autoprovocado (suicídio) devem ser notificados em, no máximo, 24 horas, de acordo com a portaria n° 1271/2014 do Ministério da Saúde.

As notificações devem ser feitas em três vias. A primeira deverá ser encaminhada para a Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências, localizada na Avenida Presidente Feliciano Sodré, 466, 1º andar, no Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo).

Já a segunda via deverá ser encaminhada ao órgão de Defesa e Garantia dos Direitos e a terceira, fica arquivada na unidade notificadora. Acesse aqui a ficha.

Mais informações poderão ser obtidas pelo telefone: 2765-8700, ramal: 239, de 9h às 17h, no Centro Administrativo Luiz Osório (Cealo), no primeiro andar.