Prefeitura qualifica mais 80 servidores em Educação Inclusiva

09/12/2009 10:09:38 - Jornalista: Andréa Lisboa

A Secretaria de Educação encerrou na tarde de segunda-feira (7), o ciclo de quatro palestras do curso "Diferenças na Aprendizagem e Processo Mental: Alternativas Pedagógicas" com o tema "Doença mental e sexualidade". A abordagem da psicóloga Klaudia David teve como objetivo qualificar profissionais da rede de ensino para colaborarem para um diagnóstico precoce que favorece muitos tratamentos. Além disso, os servidores da rede receberam orientações para lidarem da melhor forma com as diversas fases do desenvolvimento da criança.

O curso de educação inclusiva organizado pela Coordenadoria de Educação Especial em colaboração com o Instituto de Administração e Políticas Públicas-IAPP da Secretaria de Educação, já em seu terceiro ciclo, forma cerca de 80 profissionais a cada ano. O curso, com duração de 10 meses, tem sua carga horária complementada pelas palestras do IAPP.

“Percebemos a nova postura do profissional perante o aluno; mudança de abordagem em diversas ocasiões e também da linguagem. Eles saem do senso comum e problematizam as situações. O que está havendo é uma transformação interna”, disse Alda Canabarro, coordenadora de Educação Especial da Secretaria, que ressaltou que o curso se enriqueceu com a parceria com o Instituto.

Ela aconselhou que os profissionais de educação interessados em participar do curso no próximo ano fiquem atentos. Os formulários para inscrições serão encaminhados pela Secretaria às escolas logo no início do ano letivo de 2010.

A auxiliar de serviços escolares da Creche Municipal Nova Holanda, Joana de Oliveira, participou de todas as palestras. “Isso nos dá um olhar diferente que nos ajuda no trabalho diário”, disse a estudante de Normal Superior. “A Prefeitura, abrindo esse espaço de aprendizado, facilita muito para o profissional,”, completou.

Para a psicóloga, klaudia David, o educador deve participar de cursos e palestras para lidar com crianças devido à complexidade dos seres humanos. Segundo ela, esse aprofundamento pode cooperar com a evolução relacionada a cada idade e também contribuir para diagnósticos precoces, por meio de encaminhamento a um especialista das áreas de psicologia, psiquiatria ou neurologia. “Quando o professor tem essa percepção ele vai poder ajudar o aluno muito cedo, o que facilita o tratamento da criança”, ressaltou.

Prática

Durante a palestra, klaudia tratou dos fatores biológicos, psicológicos e sócioculturais que podem interferir para o desenvolvimento de patologias e deu dias para os educadores lidarem com crianças que manifeste seus sintomas. A psicóloga destacou a importância da relação com a mãe para o desenvolvimento de uma vida afetiva saudável e recomendou “Responder as perguntas das crianças de forma simplificada e verdadeira é a melhor dica”.

Ela apresentou a classificação internacional das doenças mentais e a teoria freudianas, com destaque para a ansiedade, angústia, depressão, idéias obsessivas, medo e estresse do trabalho, da neurose; para as práticas sexuais com fidelidades diferentes das consideradas normais, das perversões, e para as alterações qualitativas do fenômeno psíquico que causam prejuízo na maneira de existir, da psicose.

Os educadores participaram durante este ano, além dessa palestra, da “As famílias no processo de inclusão das pessoas com diferenças significativas”, com a assistente social, Eliana Feres; "Diferença entre doença mental, deficiência mental e síndrome", com a psiquiatra e psicoterapeuta com formação em neurolinguística, Marta Martins, e "Transtornos: o que o professor precisa saber?", com a psiquiatra Paula Ferraz.