Pensando em criar uma base de pesquisa na Cidade Universitária, professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se reuniram para pleitar recursos junto à Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro). O projeto foi aprovado e o valor conseguido deverá ser investido em estrutura para montar um laboratório de bioquímica médica na Cidade Universitária.
De acordo com o professor do Instituto de Química da universidade, Jorge Luiz da Cunha Moraes, desde que chegou à cidade pensava em desenvolver pesquisas locais. “Quando vi o edital 19 da Faperj, que tinha como objetivo apoiar a difusão de Ciência e Tecnologia longe dos centros urbanos, enxerguei a oportunidade. Para qualquer projeto que tenhamos de desenvolvimento técnico e profissional, precisamos de infra-estrutura básica em equipamentos”, observa.
Com a verba garantida, o professor se reuniu com outros docentes para a estruturação do projeto que prevê a instalação do laboratório de Bioquímica Médica na Cidade Universitária. “Com o capital conseguido, iremos adquirir material e equipamento básico. A idéia é que com esta estrutura tenhamos o necessário para a realização de cinco a seis linhas de pesquisa. Nossa idéia é que vários usuários possam utilizá-lo, otimizando o seu uso”, ressalta.
Para o professor, a maior contribuição científica desta proposta é a ajuda na construção de um novo centro de pesquisa no Estado do Rio de Janeiro, levando ciência, tecnologia e educação aos jovens do interior do Estado. No total, cerca de 20 profissionais docentes/pesquisadores serão beneficiados diretamente com esta iniciativa. “Acreditamos que com a consolidação do centro de pesquisa, em pouco tempo poderemos instalar um curso de pós-graduação em Ciências Biomédicas, aproveitando os talentos descobertos nos cursos de graduação em Macaé”.
O laboratório deverá ser montado no prédio a ser construído na entrada da Cidade Universitária, e que já se encontra em processo de licitação pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac). O local deverá abrigar ainda salas de professores pesquisadores e outros laboratórios onde, inicialmente, serão realizadas aulas que necessitem destes materiais específicos.
O processo de interiorização das universidades federais em Macaé tem sido calcado nas três bases do ensino superior: ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, a pesquisa de alguns cursos tem sido realizada através de parcerias com laboratórios e outras instituições.