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Curso voltado para a EJA foi um dos 17 oferecidos na Cidade Universitária aos servidores
Com o objetivo de socializar as reflexões teóricas realizadas durante o curso “Educação de Jovens e Adultos – outros olhares e as práticas produzidas no espaço da escola”, a Secretaria de Educação de Macaé, por meio do Instituto de Administração e Políticas Públicas-IAPP, realizou na última quinta-feira (5), o segundo seminário de produção da Fundação Educacional de Macaé (Funemac).
O público - formado por professores da rede municipal do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) do governo Federal - superou as expectativas dos organizadores. O curso voltado para a EJA foi um dos 17 oferecidos na Cidade Universitária aos servidores públicos municipais no primeiro semestre deste ano. Atualmente, 13 cursos estão em andamento em diversas áreas, além de três na área da saúde elaborados pela UFRJ.
A vice-prefeita e secretária de Educação, Marilena Garcia, ressaltou o trabalho da coordenadora da EJA, Leila Clemente. “Professores e alunos da EJA estão num resgate de oportunidades e com alegria percebemos que hoje esses professores ocupam a Cidade Universitária que é nossa”, comentou Marilena.
Quarenta professores participaram, no semestre anterior, do curso de formação continuada EJA com duração de 60h, além de palestras ministradas por profissionais de áreas distintas. Dentre eles, foram selecionados três para apresentarem seus trabalhos neste segundo seminário de produção.
A professora do curso, Soderline da Silva, pedagoga pós-graduada em Alfabetização de Alunos de Classes Populares pela UFF, considerou a mostra um reflexo do trabalho de um semestre em sala de aula com base em reflexões teóricas. “Isso mostra que elas continuam produzindo e pensando”, disse a professora.
Para Soderline, o professor graduado nem sempre está preparado para as turmas de EJA e por isso precisa ser formado para desenvolver um trabalho com mais qualidade. Ela informou que, em Macaé, a maioria dos alunos procura a Educação para se manter no mercado de trabalho bastante competitivo.
Com as apresentações dos trabalhos, o Instituto pretende levar à comunidade às reflexões acadêmicas que têm como foco as práticas educacionais do município. Foram apresentados os trabalhos das professoras da EJA da rede municipal de ensino: “Linguagem e Subjetividade na Educação de Jovens e Adultos”, da pedagoga Bruna Duarte ; “Alunos da EJA - expectativas para o mercado de trabalho”, da pós-graduanda em Educação Tecnológica Integrada à Educação Básica e EJA, Cristina Brito, e “Políticas Públicas e Juventude”, da pós-graduada em Educação Integrada à Educação Básica e EJA, Izabel Cristina Magalhães.
Bruna Duarte apresentou sua análise do processo de aprendizagem dos alunos jovens e adultos, abordando a ampliação da condição do sujeito da aprendizagem e utilizando diversas formas de linguagem. Ele expôs telas de alunos da EJA. “Buscamos a aprendizagem através de situações mais agradáveis”, disse a professora.
Refletir a relação entre trabalho e educação na EJA foi a proposta de Cristina Brito. A professora partiu das expectativas criadas pelos alunos com relação ao ingresso e reingresso no mercado de trabalho. Para ela, a EJA aparece como uma segunda oportunidade para a melhoria de vida desses jovens e adultos.
Os movimentos políticos e sociais que giram em torno da escolarização de jovens e adultos foram alvo dos estudos de Izabel Cristina Magalhães. “Isso tem sido alvo de lutas de interesses e movimentos distintos na história da educação”, enfatizou.