As discussões para a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV) dos professores da rede municipal de Macaé, pela primeira vez, estão envolvendo os cerca de 3.600 profissionais que atuam no município. O PCCV, previsto para ser concluído em outubro, pretende atender as expectativas dos educadores e também colaborar para a melhoria da qualidade da educação.
A Coordenadoria do PCCV, Plano de Metas e Avaliação de Desempenho distribuiu a versão mártir do plano, aquela sujeita a ser rejeitada, ou ter artigos adicionados, suprimidos ou alterados, a todos os professores da rede municipal. Nesta semana, a equipe iniciou as reuniões com os docentes, em seus horários de atividade, para esclarecer sobre os artigos mais polêmicos e fomentar os debates.
O secretário de Educação, Guto Garcia, informa que até o dia 30 de maio todas as escolas deverão indicar seus representantes para que, no mês de junho, se reúnam, juntamente com os diretores de cada um dos nove pólos, para elaborarem seus pré-documentos. Esses nove textos serão encaminhados a comissão representativa constituída para este fim, onde serão consolidadas as proposições de todo o município. “A grande novidade é que pela primeira vez o PCCV será discutido entre os 3.600 professores da rede”, ressalta.
O coordenador Sol Gray esteve, na terça-feira (10), na Escola Municipal Letícia Peçanha de Aguiar, onde explicou o processo de elaboração participativa do plano, fez um histórico dos PCCVs de Macaé e esclareceu dúvidas sobre o texto. Essa foi a segunda unidade do cronograma de visitas da Coordenadoria. Sol Gray considera que as indicações surgidas nessas reuniões vão colaborar para a melhoria da versão atual, para se chegar ao plano ideal para o município.
- A evolução por categoria, de acordo com a versão atual, acontece por tempo de serviço, a cada dois anos, com um percentual de aumento de 4,8%. Mas o professor somente tem esse acréscimo se for bem avaliado por sua chefia imediata. Isso porque os profissionais mais comprometidos merecem um tratamento diferenciado daqueles faltosos ou descompromissados com a melhoria da qualidade da educação no município. Atualmente, essa progressão acontece a cada cinco anos, enfatiza Sol Gray.
A diretora da E.M. Professora Letícia Peçanha de Aguiar, Andrea José, diz que todos os professores da escola estão participando da discussão. “Essas reuniões, nos horários de atividade, trazem credibilidade ao processo e vão auxiliar para que o projeto saia do papel”, pontua.
Na reunião, das polêmicas surgiram sugestões que serão indicadas ao plano. “É importante que todos pensem e não se espere uma idéia pronta de cima. Temos que apresentar nossas propostas para chegarmos a um consenso. A partir do momento que estamos pensando educação, estamos fazendo educação. Se ficarmos parados nada muda”, considera a professora do 2º ano do ensino fundamental, Elisabete Souza.
Sol explica ao grupo que questionou o artigo sobre a avaliação de desempenho para acréscimo nos vencimentos, que ela deverá ser documentada e caberá recurso aos professores que se sentirem injustiçados. Ele salienta que, assim como os outros, esse artigo poderá ser suprimido ao alterado.