A Coordenadoria Geral do Programa Macaé Cidadão tem colaborado significativamente para as pessoas atuarem como agentes em prol da cidadania, inclusive, reivindicando seus direitos. De acordo com sua coordenadora, Amélia Augusta Guedes, o programa é muito importante, porque vai ao encontro da população em todos os lugares da cidade, até mesmo em fazendas do interior do município. Só na pesquisa domiciliar foram atendidas 175.496 pessoas, num total de 73.259 domicílios.
Os coletores de informações do programa fazem o perfil e o levantamento dos anseios da família macaense. Características de cada domicílio, situação dos moradores em relação à educação, saúde, meio ambiente, saneamento, esporte, lazer, promoção social, atividades ocupacionais e outras são avaliadas.
- Os pesquisadores também põem em prática o projeto SOS Cidadão, que acontece paralelamente à pesquisa domiciliar. Nele, os coletores de informação procuram identificar situações emergenciais que o morador possa estar passando naquele momento. Por exemplo, um doente em fase crítica é encaminhado a hospitais e médicos ou ainda à secretaria de Saúde, que tomará as devidas providências – explica Amélia.
Além do mais, o programa Macaé Cidadão proporciona acesso entre o governo municipal e a população, que tem papel ativo na administração municipal. É que a comunidade é ouvida. “Orientações, questionamentos e visões críticas são estimuladas ao cidadão que participa das ações da prefeitura”, conta Amélia. Ela cita como exemplo os cursos que populares apontam como importantes. Entre os cursos oferecidos pela Coordenadora à comunidade, encontram-se o de Cuidador de Crianças, que tem 164 formandos, o de Cuidador de Idosos (36 formandos) e o de empregado doméstico, com 41.
Outro projeto de cunho social muito relevante é o Bairro Cidadão. Milhares de munícipes já foram atendidos pelos órgãos públicos municipais e por organizações da sociedade civil organizada. Diversos bairros de Macaé, inclusive o distrito do Sana, já foram palco do Bairro Cidadão, quando dezenas de estandes são montados e oferecem serviços à comunidade. Isso acontece em um dia do mês, sempre aos sábados. Tudo é gratuito.
Já o projeto Encontro da Cidadania é feito em quase todas as localidades da cidade. Nesses encontros são debatidos temas de interesse da população, sempre com a participação de lideranças comunitárias e de associações de moradores. “Além disso, acontece retorno à população, pois a maioria das pessoas aponta problemas. Nós, do Macaé Cidadão, mostramos os resultados, oferecendo satisfações, inclusive quando as demandas não puderam ser atendidas”, frisa Amélia.
- Na primeira pesquisa do projeto Encontros de Cidadania, observamos que não havia consciência do cidadão sobre cidadania e participação social. A partir daí, promovemos estímulos para os moradores de Macaé participarem e mudarem o destino da cidade – comenta Amélia.
Já o Projeto Educando na Cidadania tem como foco o envolvimento de alunos, professores, equipe de apoio das escolas, diretores, pais e demais membros da comunidade educativa na discussão sobre cidadania. “O projeto tem a participação de 10 escolas da rede pública de ensino. São mais de mil alunos do oitavo e nono anos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos”, diz a coordenadora. Amélia acrescenta que, entre os encontros temáticos, são debatidos temas como sexualidade, exclusão social, drogas e violência.
Também faz parte do Programa Macaé Cidadão o projeto “Mapeamento Sócio-Cultural de Macaé”. Seu objetivo é retratar o município a partir de uma análise sociológica da pesquisa domiciliar do Programa Macaé Cidadão, segundo temas relevantes. O projeto já resultou na elaboração de três livros feitos por sociólogos. Estes são: “Cidadania em Construção”, “Exclusão Étnico-Racial – Um Mapeamento das Desigualdades Étnico-Raciais no município de Macaé” e “Exclusão Social e Desenvolvimento Humano em Macaé”. Além disso, existem outros dois livros feitos por estudantes de Macaé e uma revista do Programa.