Projeto Cultura e Identidade: documentos históricos entram em exposição

23/11/2011 12:38:47 - Jornalista: Lione Acácia - estagiária*

Foto: Ana Chaffin

Mostra Cultura e Identidade será aberta no próximo dia nove de dezembro, com 38 documentos recuperados

Recuperados pela Prefeitura, através da Coordenadoria Macaé 200 anos, os documentos históricos do judiciário – datados dos anos de 1820 a 1920 – vão estar expostos para toda a comunidade. A mostra Cultura e Identidade será aberta no próximo dia nove de dezembro, na sede da Coordenadoria, no antigo clube Ypiranga. A exposição fica em cartaz até o dia 10 de fevereiro, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h.

A exposição vai mostrar parte do resultado do projeto Cultura e Identidade, que está recuperando mais de cinco mil documentos da produção do Judiciário do município entre os anos de 1820 a 1920. A equipe da Coordenadoria preparou 38 documentos que serão expostos, entre eles os do escravo de Motta Coqueiro, o último homem condenado à morte no país, condenado por participar do crime que também condenou o seu senhor; o testamento da Viscondesa de Araújo e a apelação civil entre os herdeiros do Conde de Araruama.

Os documentos que estão sendo recuperados pertencem à Primeira Vara Civil da Comarca de Macaé, sob a tutela do juiz Sandro de Araújo Lontra, consignados à Coordenadoria Extraordinária do Macaé 200 anos. O projeto tem como objetivo dar acesso a um acervo muito importante de documentos oficiais em termos de informação e que revela o perfil e os valores da sociedade da época.

A historiadora e coordenadora do projeto, Aline dos Santos Silva, conta que após todo o trabalho de recuperação desses materiais, será criado um banco de dados que estará disponível online através de palavras-chaves. O projeto Cultura e Identidade se está sendo feito em três etapas, como o modelo utilizado pela Biblioteca Nacional.

A primeira etapa é a Higienização, que cuida da limpeza dos processos que ao longo do tempo sofreram com a ação da natureza e do homem. Já a segunda é a Catalogação, que se refere à digitalização de fatos importantes de cada processo formando um banco de dados; e por último, o Acondicionamento, onde estes processos, depois de higienizados e catalogados, serão embalados em folha de papel específico para o trabalho e guardados em local apropriado. trabalho que está envolvendo 13 pessoas entre higienizadores, paleógrafos e digitadores,

O coordenador da Macaé 200 anos, Ely Perón, agradece ao juiz da Comarca de Macaé a confiança em ceder o acervo.

- Toda a documentação fará parte do Museu dos 200 anos, que estamos empenhador em organizar num local climatizado especial para este material. Os integrantes da nossa equipe foram preparados especialmente para trabalhar com este material. O projeto tem como objetivo dar acesso aos pesquisadores, historiadores e escritores a um acervo muito importante de documentos oficiais em termos de informação e que revela o perfil e os valores da sociedade daquela época, destacou Perón.

* Com Andréa Pessanha


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