Os alunos dos cursos profissionalizantes ligados à área de Meio Ambiente do Centro de Educação Tecnológica e Profissional da Secretaria de Educação, participaram , na última quinta-feira (19) de palestra Resíduos Sólidos. No mesmo dia, foi realizada a exposição “Luxo no lixo” que mostrou o trabalho de diversos artesãos que tem como matéria prima o lixo.
A próxima palestra será realizada nesta quarta-feira (25), às 18h no Auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima). O tema será sobre o Dia Mundial da Água e o mês da Conscientização do Pontal, que terão como palestrantes Paulo Vinicius Lima Machado, Engenheiro Químico e Pós-Graduado em Saúde Sanitária e Paulo Sérgio Barcelos, coordenador do projeto Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Macaé e Agenda 21.
- O evento fez parte do projeto Palestras Ambientais do Centro que mensalmente levará uma pessoa ligada ao contexto ambiental para debater e dialogar com os alunos do Centro de Educação Tecnológica e Profissional, problemas ambientais locais, nacionais e globais. A política de educação ambiental é uma das metas do governo Riverton Mussi, disse a secretária de Educação, Marilena Garcia.
Durante a palestra de Resíduos Sólidos, o palestrante Carlos Pedro, engenheiro Químico da Termoelétrica Norte Fluminense, comentou sobre a diferença entre crescimento e desenvolvimento e comparou ao crescimento dos resíduos em Macaé devido a presença de empresas offshore e crescimento da população.
- Diferente do que muitos pensam, crescimento e desenvolvimento não são sinônimos. Crescimento é o aumento na estrutura e desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo. Um país pode ser desenvolvido, sem crescer, como o Japão nos últimos anos, por exemplo. Ele apresentou um crescimento muito baixo, mas é um país desenvolvido. Um país é dito desenvolvido quando ele apresenta um bom IDH (índice de desenvolvimento humano), ou seja, boas condições de saúde, educação, distribuição de renda, etc. Crescimento se refere a crescimento econômico, em termos de percentagem do PIB, que mede a quantidade de riquezas produzidas pelo país. O que temos visto na cidade de Macaé é um crescimento acelerado, explicou.
Ele ressaltou que o crescimen tras consigo os problemas de meio ambiente como invasões, lixo, esgoto sendo jogado em rios e lagoas in natura, entre outros. Em seguida ele falou sobre os resíduos produzidos pela Construção Civil, Indústrias, Hospitais, comercial, e o próprio lixo doméstico, localizados na cidade de Macaé e seu impacto ambiental. Segundo ele, de acordo com sua classificação, o lixo é tratado de formas diferentes.
Pedro explicou que é preciso que as pessoas entendam a diferença entre lixão, que é a área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo (não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos e o chorume penetra pela terra levando substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático); o aterro controlado que é uma área que recebeu cobertura de argila, e grama e captação de chorume e gás; e por ultimo o Aterro Sanitário, onde o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, evitando que o lençol freático seja contaminado pelo chorume, que é coletado e tratado. Macaé é uma das quatro cidades do Estado do Rio de Janeiro com Aterro Sanitário licenciado.