Saúde e Educação se unem em campanha de vermifugação nas escolas

03/09/2010 09:47:28 - Jornalista: Waleska Freire

Pelo oitavo ano consecutivo, foi aberta, na quinta-feira (2), a Campanha Municipal de Vermifugação nas escolas da rede municipal de Educação. A campanha é promovida pela prefeitura, através de parceria entre as secretarias de Saúde e Educação. A meta é atender 55 mil pessoas, entre estudantes e funcionários.

A subsecretária de Educação, Saúde, Cultura e Esporte, Conceição de Maria, abriu a campanha com uma breve palestra para os alunos da escola municipal Ancyra Pimentel sobre a importância da campanha e a mudança de hábitos para evitar a verminose, como não andar descalço, lavar as frutas, legumes e verduras. “Temos que conscientizar estes jovens que a saúde também é feita com prevenção. Nosso objetivo é dar qualidade de vida para estas crianças, pois as verminoses causam alguns incômodos como enjôo, diarréia, vômitos, falta de apetite que refletem no rendimento escolar”, explicou.

O pediatra e gerente do Programa de Atenção Integrada à Saúde da Criança (Paisca), o médico Newton José, ressaltou que nestes oito anos de campanha cerca de 500 mil pessoas foram vermifugadas. “O sucesso da campanha se deve à parceria entre as secretarias e os pais, pois só com a sensibilidade dos mesmos pelo trabalho desenvolvido que poderemos continuar”, disse.

Dr. Newton explicou que a medicação é administrada de acordo com a faixa etária. As crianças com idade de um a três anos recebem três doses do vermífugo; crianças de quatro a 11 anos recebem dose única na forma líquida e acima dos 12 anos a administração é através de comprimido mastigável. A medicação elimina sete tipos de verme mais comuns no país, entre eles a ascaris lumbricoides (lumbriga), oxiurus e giárdia.

Os alunos receberam o remédio para vermes de duas maneiras, líquido, através de gotas e sólido, através de uma pílula mastigável. Inicialmente desconfiados, os alunos chegavam a fazer caretas na hora de mastigar a vacina, mas logo sorriam. “Não é tão ruim. Tem gosto de nada e é bom para a saúde”, concluiu o estudante Mayllon Dias, de 13 anos.

De acordo com a diretora adjunta, Maria Mercês Toledo Brandão Andrade, a integração entre Saúde e Educação é imprescindível para o bem estar dos alunos da rede municipal de Educação. “Este trabalho de prevenção é muito importante porque o aluno depende de boa saúde para ter um bom desempenho na escola. Porque se o estudante não está bem de saúde, com vermes, ele fica indisposto, o aprendizado não é bom e interfere também no lado emocional”, afirmou.