Saúde: parceria beneficia pacientes com deficiências

12/05/2011 14:57:29 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Ana Chaffin

A ação faz parte de uma parceria entre a Secretaria de Saúde de Macaé e a Associação que funciona em Niterói

Nesta quinta-feira (12), a equipe técnica da Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) esteve na sede do Centro Municipal de Reabilitação, em Macaé, para fazer os moldes para confecção das órteses e próteses que serão entregues gratuitamente aos pacientes. A ação faz parte de uma parceria entre a Secretaria de Saúde de Macaé e a Associação que funciona em Niterói.

Serão beneficiados adultos e crianças com problemas de deficiência física, na maioria, decorrentes de problemas neurológicos. A coordenadora do Centro Municipal de Reabilitação, Jussara Natalino, disse que a AFR é conveniada ao Ministério da Saúde e, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), oferece os equipamentos a custo zero aos portadores de deficiência física.

Jussara ressaltou que o secretário de Saúde, Eduardo Cardoso, e toda equipe do Centro não mediram esforços para que esta parceria fosse viabilizada. “Além de procurar dar condições de sociabilização destes pacientes, através da utilização das próteses, tornamos o acesso ao serviço menos burocrático”, falou, explicando que, muitas vezes, os pacientes encaminhados à Associação em Niterói precisam de, pelo menos, três visitas até receberem as próteses.

O gerente da oficina ortopédica da AFR, Antônio Lobato, ressaltou que a vinda da equipe a Macaé não tem nenhum custo para o município. “Este trabalho faz parte das ações de filantropia da associação e a distribuição das próteses e órtese se dá pelo convênio com o SUS”
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Segundo Lobato, uma órtese de membro inferior custa em torno de R$ 600, mas a associação também oferece perna, braço e mão mecânica que custam mais de R$ 20 mil que, com recursos próprios, muitas pessoas não teriam acesso aos equipamentos. Ele explicou que para ser beneficiado o paciente deve procurar a rede de saúde, onde será avaliado por uma equipe multidisciplinar que irá prescrever o equipamento necessário ao paciente.

A expectativa é que a equipe da Associação Fluminense de Reabilitação retorne com os equipamentos prontos em 30 ou 40 dias, e na ocasião fará novos moldes para outros pacientes.

Síndrome – Os da AFR mediram as pernas e pés da pequena Thaíssa de apenas cinco anos, para confecção de órtese. Segundo a mãe da menina, Paula Passos Luz, a filha que tem síndrome de West (uma forma grave de epilepsia em criança que compromete o desenvolvimento motor, mental, fala e visão), tem dificuldades para andar e a colocação da órtese nos pés vai torná-la mais independente.

Paula garante que se a equipe da AFR não viesse a Macaé não teria condições de pagar as despesas da viagem. “Além de ser cansativo para minha filha, eu teria que faltar o trabalho e ela a escola e isso por algumas vezes. Fiquei feliz em saber da iniciativa da Secretaria de Saúde, numa ação que irá beneficiar várias pessoas que como eu não teria condições de pagar por um equipamento como este”, falou.

Thaíssa é assistida pela equipe de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional do Centro Municipal de Reabilitação. Atualmente, a unidade possui uma média de duas mil pessoas.

O Centro Municipal de Reabilitação conta com os serviços de fisioterapia, programas como o de fisioterapia respiratória, RPG (Reeducação Postural Global), como também atendimento fonoaudiológico, psicológico, terapia ocupacional, massoterapeuta, pneumologista e ortopedista.