Foto: Kaná Manhães
Professor Francisco Esteves mostra o ciclo hist�rico da restinga de Jurubatiba, que virou Parque Nacional.
O Solar dos Mellos sedia mais um lançamento literário esta semana. Nesta quinta-feira (10), haverá o lançamento do livro do diretor do Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé (Nupem), o professor Francisco Esteves - “Do índio Goitacá à Economia do Petróleo: Uma Viagem pela História e Ecologia da Maior Restinga Protegida do Brasil”.
- Nesse livro, fiz uma síntese dos quase 30 anos de pesquisas feitas em Macaé e região. No capítulo inicial, mostramos a formação geológica da restinga e sua ocupação pelo índio Goitacá. Com a chegada dos portugueses, tem início ao processo de degradação ambiental e início da economia açucareira. O livro ainda mostra muitas fotos que ilustram a restinga de Jurubatiba, conta o professor Esteves.
O autor diz que foram extintas mais de 200 lagoas. A Mata Atlântica foi afetada, havendo destruição da restinga. Essa anteriormente ia do Rio Macaé até o Rio Itapemirim, no Espírito Santo, mas atualmente tem apenas 15 mil hectares. O livro também responde à questão: “O que sobrou de uma das maiores restingas do Brasil?”
Esteves chama ainda a atenção da sociedade das cidades do Norte Fluminense, que precisam aprender como conciliar o crescimento econômico com a economia do petróleo. “Único caminho para garantir a qualidade de vida num futuro próximo”, salienta. Para concluir, ele lembra que apesar dos muitos conhecimentos científicos que existem hoje em dia, ainda estão sendo cometidos os mesmos erros do passado, como o aterro de rios e lagoas.