Visita Guiada mostra a história de Macaé para alunos da cidade

21/06/2010 14:03:27 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Divulgação

Visitas guiadas realizadas no Solar dos Mellos

Todas as semanas cerca de 120 alunos da rede de ensino (particular e pública) têm acesso a conhecimentos sobre a história de Macaé. Isso se dá devido às visitas guiadas realizadas no Solar dos Mellos, da subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico da prefeitura de Macaé (Semaph). Formações sobre a família Mello e a respeito da arquitetura do prédio, além do acervo contido no órgão público são alguns dos temas ministrados aos estudantes.

A equipe da Semaph que transfere informação aos alunos é constituída pela historiadora Gisele Muniz (a coordenadora) e os agentes culturais ou monitores Salma Marques, Giovanni Haas, Bruno Rodrigues e Alice Tavares. Eles ficam cerca de duas horas com o público alvo, formado por crianças e adolescentes com idades entre seis e 17 anos, no auditório Washington Luiz, apresentando imagens e agregando valor acerca dos conteúdos da história do município, em termos econômicos, culturais e sociais.

- A história é elemento constitutivo de sentimento de identidade, tanto coletivo quanto individual. O que seria de cada um de nós se não contássemos com a história, que nos situa em determinado contexto familiar, profissional e afetivo? Da mesma forma, o que aconteceria com as sociedades se fossem privadas de seu passado e de suas memórias? – questiona a coordenadora das visitas guiadas Gisele Muniz.

Ela acrescenta que a expressão Educação Patrimonial vem se tornando cada vez mais familiar na esfera de políticas de trabalho implantadas nos museus espalhados por todo país. “O nosso objetivo é oferecer à população um museu de portas abertas, havendo promoção do resgate da história local e regional, motivando assim toda a sociedade para um olhar mais apurado sobre o patrimônio material e imaterial do município”, explica.

- Em Macaé, muito tem sido realizado sobre a inserção da comunidade escolar e os trabalhos de alfabetização patrimonial através do Projeto Integração Museu – Escola, desenvolvido por intermédio da Subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico – conta Gisele, reportando-se ao fato de que a aproximação entre a comunidade escolar e o Museu motiva uma maior integração entre diferentes comunidades, por intermédio de um diálogo aberto entre as mais distintas produções historiográficas e culturais.

Opinião dos Alunos

A estudante Clarimar Teixeira Barbosa de 13 anos de idade, aluna da Escola Estadual Municipalizada Polivalente Anísio Teixeira, disse que é importante a transmissão de conhecimento histórico no Solar dos Mellos. Para ela é substancial o crescimento e o desenvolvimento cultural quando se absorve conteúdos sobre Macaé.

- Da nossa cidade obtivemos uma visão ampla e geral – afirma a jovem

Já Stéfany Filgueiras Martins, da mesma turma de Clarimar, comenta que gostou de tudo que aprendeu sobre a história do Forte Marechal Hermes da Fonseca e da Praia de Imbetiba. “Tudo foi bem explanado pelos monitores”, salienta.

Temas abordados

Segundo o monitor Giovanni Hass há duas etapas na visita guiada: a primeira, quando se fala do Centro de Memória Antonio Alvarez Parada e de outros assuntos, e a segunda, que trata do desenvolvimento de Macaé, que teve início no interior com direção à cidade, à área urbana.

- Exponho quesitos econômicos tradicionais como a cana de açúcar, o café, a madeira e a pesca até chegar á esfera petrolífera. Busco desmistificar que o progresso só veio com a vinda da Petrobras, já que antes disso já havia desenvolvimento – afirma ele, concluindo que desde o final do século XIX e início do XX já existia progresso em Macaé.

Agendamento

As instituições de ensino interessadas que seus alunos participem das visitas guiadas devem entrar em contato com os telefones 2763-2396 ou 2759-5049. Os serviços são gratuitos, mas é necessário que as escolas enviem ofício solicitando a disseminação dos conhecimentos a respeito da capital nacional do petróleo para a sede da Semaph, na Rua Conde de Araruama, 248.